Nos reviews do Nexus 7, tablet do Google fabricado pela ASUS, a qualidade do equipamento foi sempre ressaltada — incluindo a da sua tela. Mas alguns comentários negativos têm aparecido aqui e ali e, agora, com a análise aprofundada de um especialista em telas, foi possível entender qual o problema com ela.
O Nexus 7 tem uma tela de 7″ com resolução de 1280×800, resultando em 216 PPI — densidade recomendada para tablets. Ele vem com um painel LCD IPS, o que lhe dá ótimos ângulos de visão. O contraste de 1000:1 é excelente para telas móveis e o brilho, de 350 nits, está a par com outros tablets. A gama de cores é de 86% em relação ao padrão ideal — muito bom considerando a média de 60% dos dispositivos móveis.
Nada parece errado. Qual o problema, então?
Segundo o Dr. Raymond Soneira, do DisplayMate, a escala de intensidade, também chamada de Escala de Cinza, está longe do ideal. Com isso, o brilho da tela não aumenta suficientemente em conteúdo mais visual, como vídeos e fotos, fazendo com que detalhes da imagem sejam comprimidos e perdidos. Em palavras mais simples, a imagem parece lavada, como numa foto superexposta.
A compressão de brilho em conteúdo de imagens é de cerca de 25%, alta segundo o Dr. Soneira. Nas especificações, a tela do Nexus 7 beira a perfeição, mas um problema de calibração estraga tudo. O lado bom é que isso pode ser corrigido via software, com uma atualização. Os testes foram conduzidos com um Nexus 7 rodando o Android 4.1.1. Se o Google fará esse ajuste? Ninguém sabe.
O Dr. Soneira é bem crítico em relação a esse problema (que, vale dizer, não interfere muito quando conteúdo de alto contraste, como texto preto em fundo branco, é exibido) e recomenda aguardar por outro tablet com tela melhor. Talvez seja preciosismo exigir tanto da tela de um tablet de US$ 199, mais ainda de um que apresenta características tão boas. Mas faltou tão pouco para ele ser muito melhor… Vamos lá, Google, só uma atualizaçãozinha para corrigir isso aí. Vocês conseguem. [DisplayMate via Gizmodo US, Foto: The Master Shake Signal/Flickr]