Odiar sites medidores de influência como o Klout está na moda, mas essas ferramentas se tornaram verdadeiros termômetros de influência na web.
Klout é a principal ferramenta para a medição de influência online atualmente.
Se você odeia o Klout – e provavelmente odeia – tente respirar fundo e abrir sua mente para ler este artigo.
Poucas coisas possuem um frenesi de indução como o Klout e sua tentativa de medir influência. Tenho estudado esta tendência de pontuação social por mais de um ano e, diferente de todos os demais blogueiros do planeta, chego à conclusão de que seu desenvolvimento é sim importante. Para os “marqueteiros”, ser capaz de medir a influência social é de importância histórica.
Antes de prosseguir, vamos tirar alguns fatos óbvios do caminho:
1. O Klout não pode medir todos os tipos de influência. Nunca pôde. Nunca poderá.
2. O Klout pode ser “jogado”, modificado. Há algo na Internet que não possa?
3. É uma droga ter sua publicidade comparada e avaliada por outras pessoas.
4. O Klout fez algumas configurações de privacidade, cheias de erros, que merecem muitas das críticas que tem recebido.
Mas há muito mais do Klout do que só isso.
Agora, uma perspectiva diferente
Antes da Internet, você tinha que realmente fazer algo relevante para ser uma celebridade. Hoje, qualquer um pode chamar a atenção com o conteúdo simples que move a web social.
Até eu
Eu não sou o que pode se chamar de “influenciador“. Não tenho um trabalho espetacular, não estudei em Harvard, não joguei pela seleção. Tenho pequenos negócios, e faço algumas consultas para ajudar no que puder.
Mas, me dê um blog e um Twitter, e eu farei com que pessoas do mundo inteiro sejam impactadas pelo meu conteúdo. Já fui citado no New York Times e no Wall Street Journal por uma razão: sou capaz de criar e movimentar meu conteúdo pela Internet.
Um “Zé-Ninguém” como eu pode se transformar em um influenciador. E isso é muito legal. A influência foi democratizada. E, com o Klout, quantificada.
Conteúdo é poder
A habilidade para criar e movimentar conteúdos é a chave absoluta para ser influência no mundo online. Então, pense nisso: se você pode medir,por que não deveria fazê-lo?
Isso é o que companhias como Klout, Kred e PeerIndex estão tentando dizer. Elas estão procurando as pessoas que são experts em criar, agregar e compartilhar conteúdos que gerem movimentação online e reação. Nada mais. Nos velhos tempos, chamávamos isso de “buzz“. [Como o zumbido de uma abelha, um “zum-zum-zum” em volta de um assunto – N.d.T.]. Isso parece simples, mas é bem complexo.
Sistema de pontuação do Klout.
“Influência” tem sido um dos aspectos mais estudados da política, marketing, sociologia e psicologia, e ainda não foi medida em uma estatística válida em escala de massa. Até agora. A criação de conteúdo está acontecendo. Ter um link clicado ou uma mensagem retuitada é um efeito disso. Finalmente, há algo para ser medido. De fato, há milhares de ações para serem medidas e comparadas todos os dias.
E esta tendência de medir a influência social tem ficado mais sofisticada a cada mês. A companhia startup Appinions agora conta com um arquivo de 4.5 milhões de fontes para possíveis influenciadores. O Klout está chegando perto de desenvolver modelos que demonstram o impacto dos influenciadores na intenção de compra. Você pode classificar clientes pela pontuação do Klout no Salesforce.com, e universidades como a Florida State, Northwestern e NYU já incorporaram o Klout como uma ferramenta na sala de aula. Grandes capitalistas “de risco”, como Kleiner Perkins, David Pakman e Micheal Arrington fizeram investimentos na companhia.
A revolução do boca-a-boca
Por décadas, companhias têm gastado muito dinheiro tentando identificar e criar influenciadores do boca-a-boca. Esta é uma ciência expansiva e inexata. O Klout está eliminando o intermediário e facilitando este processo com listas dos influenciadores em potencial.
A ferramenta também reúne informações sobre diversas redes sociais.
Dissecando e analizando milhões de peças das mídias sociais, em conteúdos diários e acompanhando o movimento destes conteúdos, a popularidade e reações, a companhia chega à influência social em uma escala de 1 a 100. É uma forma de creditar pontos por influência. Isso não te diz tudo sobre uma pessoa, mas é um indicador de como esta pessoa pode criar este “zumbido” (“buzz”) online.
Mesmo um blogueiro tímido, que não sai de casa, mas que tuíta 200 vezes por dia, pode criar um zumbido. Trata-se de uma nova era de cidadãos com influência, com pontos no Klout que praticamente te forçam a ler o que postam, de modo que geram um “boca-a-boca” completamente efetivo. Eles escrevem mensagens, colocam fotos no Instagram e dão suas opiniões sobre seus serviços e produtos favoritos. E atraem a atenção dos consumidores e das grandes marcas.
Embora esta tecnologia continue em sua fase do “cinema mudo”, algumas das maiores e mais brilhantes marcas do mundo, como a Disney, Audi e Nike estão incorporando os influenciadores do Klout ao seu programa de marketing tradicional. E isso parece estar funcionando. De acordo com o Klout, cada influenciador pode gerar cerca de 30 “peças de conteúdo” e milhões de possibilidades de impressões. O custo por cada milhar de impressões é baixo, comparado às outras formas de propaganda e, como são geradas por pessoas que realmente amam a marca, o impacto é completamente orgânico.
Então, deixe o preconceito de lado e aproveite a ascensão do Klout a seu favor. É fácil, legítimo e muito útil.
Adaptado do artigo de Mark Shaefer, na Fast Company.
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