Nesta semana, comentamos o caso da suposta agressão física sofrida por Steve Mann, professor universitário pioneiro em “computação vestível”, em um McDonald’s em Paris. Mann diz que funcionários do fast-food danificaram seu Digital Eye Glass e o retiraram do local – um possível caso de ciberdiscriminação. Mas a equipe do McDonald’s diz que isso nunca aconteceu.
O site da Forbes recebeu uma declaração oficial de um porta-voz do McDonald’s depois que pediram por explicações:
Nós compartilhamos da preocupação sobre o relato do Dr. Mann de sua visita, no dia 1° de julho, a um McDonald’s em Paris. O McDonald’s França foi informado da queixa do Dr. Mann em 16 de julho, e abriu imediatamente uma investigação completa. A equipe do McDonald’s França contatou o Dr. Mann e está aguardando mais informações dele.
Além disso, vários membros envolvidos da equipe foram entrevistados individualmente, e todos expressaram, de forma independente e consistente, que a interação deles com o Dr. Mann foi educada e não envolveu desentendimento com agressão física. Os membros de nossa equipe e os seguranças do restaurante nos informaram que não danificaram nenhum dos objetos pessoais do Sr. Mann.
Enquanto continuamos a descobrir mais sobre o caso, estamos recebendo contato de consumidores com perguntas sobre o que houve. Nós pedimos a todos para não especular nem tirar conclusões de forma precipitada, antes que todos os fatos sejam conhecidos. Nosso objetivo é fornecer um ambiente convidativo e serviço exemplar a clientes do McDonald’s ao redor do mundo.
O porta-voz depois confirmou que alguém pediu para Mann sair do local, mas não apontou qualquer política contra gravar imagens ou usar um computador nos olhos, e que “Depende do arbítrio de cada restaurante estabelecer suas regras”.
Isto obviamente vai contra a descrição que Mann fez do incidente. E em uma nova foto divulgada por ele, parece claro que um funcionário do McDonald’s tentou pegar e remover o dispositivo do rosto dele. Mann reafirmou sua posição em uma entrevista recente à Fox News:
Mann nos disse que, no dia 1° de julho, ele, sua esposa e seus dois filhos estavam na fila para comprar comida no McDonald’s de Paris, quando um funcionário o abordou e informou que câmeras não eram permitidas no estabelecimento. Depois que Mann mostrou ao funcionário a carta do seu médico, dizendo que ele precisa usar o equipamento, o funcionário o deixou entrar e o caixa recebeu seu pedido.
De acordo com Mann, depois que ele e sua família receberam os lanches e se sentaram perto da entrada, outro funcionário do McDonald’s, ao qual Mann se refere como Criminoso 1, o abordou e tentou furiosamente puxar seu EyeTap, que está permanentemente fixo e não pode, sem ferramentas, ser removido de sua cabeça.
“O Criminoso 1 levou sua mão esquerda e a apertou contra a armação dos meus óculos, e balançou a mão algumas vezes, empurrando e puxando”, ele nos disse.
Mann então tentou acalmar o Criminoso 1 e mostrou a ele a carta do médico, que o funcionário exibiu a dois colegas, apelidados por Mann de Criminosos 2 e 3. Depois que o Criminoso 2 amassou a carta do médico e o Criminoso 1 rasgou outros documentos que ele forneceu, o Criminoso 1 então supostamente empurrou Mann para fora até a rua, danificando seu equipamento.
Mann diz que um cabo plano ficou solto dentro do dispositivo, fazendo-o funcionar incorretamente e inundando seu olho com luz laser. E o suposto ataque foi sério o bastante para, de acordo com Mann, lhe causar um acidente bem infeliz.
“O motivo real da minha última parada (que aconteceu logo antes dele me empurrar porta afora) é um pouco vergonhoso, porque eu precisava muito usar o banheiro no momento, e eu estava indo em direção ao banheiro mas fui atacado, então por isso, depois, acabou que minhas calças viraram o banheiro”, diz ele à Fox News.
O McDonald’s diz que ainda está investigando o caso.
Talvez a empresa deva seguir o conselho de George Anders, que sugere divulgar o vídeo das câmeras de segurança durante o suposto ataque. Ou isso seria muito incômodo para a empresa?
Fotos por LaptopMag e The Verge