Kony 2012, SOPA e RIO + 20 são alguns dos protagonistas no cenário slacktivista recentemente, e com certeza você esteve no olho do furacão e não fazia ideia. Vai continuar sentado aí sem saber do que se trata ou vai usar o poder do seu clique para mudar a situação?
Fora a brincadeira acima, o termo “slacktivismo” significa exatamente isso: pegar uma boa causa e usar a compaixão/vontade de fazer o bem das pessoas aliada à vontade de se engajar sem ter que sair da frente do PC, a famosa “revolução de sofá”. Vou tentar explicar e exemplificar um pouco esse conceito não tão conhecido.
Um fato que chama a atenção é que o termo “slacktivismo” foi usado pela primeira vez em 1995, que foi antes da popularização da internet, mostrando que isso não é uma consequência da cultura digital em que vivemos. Porém, mais uma vez a internet ajuda a quebrar as barreiras da distância e do tempo tornando a captação de “voluntários” para uma causa algo muito mais simples e cômodo. Em momento algum estou dizendo que isso é errado, só acho que é preciso conectar o online e o offline de modo que as ações se complementem de forma exemplar. Exemplo disso é a app ONE, que pertence a uma organização de mesmo nome, co-fundada pelo cantor Bono, que combate a probeza.
Se compartilhar uma piada não te torna um comediante e comentar um jogo não te faz um comentarista, é óbvio que assinar uma petição online e ficar parado não te faz um ativista. Uma ação de sucesso usou a rivalidade entre torcedores do Grêmio e do Internacional para alavancar a 14ª edição do evento Corrida contra a Diabetes do Instituto da Criança com Diabetes (RS). Dizer que “brasileiro não gosta dessas coisas” nunca foi tão falho…
Entendo se você ainda está descrente quanto à eficácia desse conceito e pode até ter razão, pois mostrar ações pontuais não prova muita coisa. Mas, sabendo que todo mundo adora infográficos, a Sortable preparou uma imagem FODA educativa para os céticos de plantão (confira no final do post).
Quem sabe a partir de agora as pessoas possam entender que não é tão difícil assim ajudar uma causa digna usando ou não o mundo digital. O importante é saber usar as ferramentas à sua disposição da melhor forma possível. Afinal de contas, quando se têm um objetivo em comum inevitavelmente se acha uma solução. E por que não adaptá-la ao digital também?