Ontem a noite eu testemunhei um daqueles momentos que merecem entrar para o Hall da Fama do Melhor Atendimento ao Cliente do Planeta.
Aconteceu na lanchonete The Fifties em Alphaville São Paulo.
Depois de curtir quase três horas de espetáculo de dança onde a minha filha e suas amiguinhas arrebentaram no palco do Teatro de Barueri ao som das melhores músicas de Michael Jackson, nós saimos para celebrar a fantástica noite de dança com toda a patota.
Mas em Alphaville tudo fecha cedo.
As 23:00h é muito difícil encontrar algum lugar aberto para comer, beber ou comemorar.
Depois de dar com a cara na porta em dois restaurantes da região, eu liguei para o The Fifties para checar se os caras estavam abertos.
Eu liguei as 23:27h.
“Ei Amigo, vocês estão trabalhando?”
Do outro lado da linha o rapaz respondeu:
“Meu senhor, nós fechamos as 23:30h”.
“Eu estou com 15 pessoas, e estou 5 minutos dai, vocês podem nos receber?”.
Depois de 30 segundos na linha, o cara volta para o telefone e diz:
“Pode vir, traga as 15 pessoas, a gente te espera”.
Voamos para o The Fifites.
Quando chegamos no restaurante uma mesa para 15 lugares já estava reservada para nós.
Sentamos mortos de fome.
O Maître veio nos atender.
Com o seu iPhone Touch super bacanoso, ele tomou nota de todos os pedidos, bebidas e detalhes com bastante atenção.
Dai, ele desapareceu. Ele simplesmente sumiu. Evaporou do salão.
Eu estranhei.
O salão estava cheio.
Os clientes estavam famintos.
E eles ainda permitiram que outras famílias com suas filhas vestidas de bailarinas também entrassem e fizessem os seus pedidos depois da nossa chegada.
Depois de uns 30 minutos, os pedidos começaram a ser entregues. Um-a-um os sanduíches sairam voando da cozinha direto para as diferentes mesas repletas de famílias.
Uma hora e meia depois, enquanto eu terminava o meu sanduíche, eu vi o Maître novamente. Ele estava saindo da cozinha vestido de cozinheiro.
O cara simplesmente trocou o posto de Maître do The Fifties com seu tradicional terno preto e gravata, pelo posto de ajudante de cozinheiro para ajudar a cozinha a atender a demanda da galera que ele permitira entrar.
A cena do maître deixando a cozinha com a toquinha de cozinheiro lá pela meia-noite e meia é inesquecível.
O cara estava cansado e ofegante, mas com um super sorriso de dever cumprido no rosto.
Mas não fiquem achando que ficamos sem atendimento no salão.
Durante todo o tempo em que o maître ficou trabalhando nos bastidores, nós fomos atendidos por um garçom super atencioso que nos enchia de mimos – copos grátis com a marca do Fifties e moedas para M&M para as crianças – enquanto aguardavamos o nosso pedido.
No final, nós percebemos que aquele garçom-acima-da-média era na verdade um garçom em período de treinamento.
UAU!!!
Nós saímos do The Fifties impressionados com a SUPER ATITUDE e BOA VONTADE daquela equipe de funcionários que estava mais preocupada em atender as pessoas do que em fechar no horário e ir para casa dormir.
Nós saimos do The Fifites as 1:50h da manhã!!
Sabe-se lá que horas o Mateus de Souza – garçom-em-treinamento -, e o Marcio – maitre da loja do Fifties em Alphaville foram para casa.
Mas uma coisa eu sei, em meio a tanto atendimento indiferente e ruim que recebemos por ai de milhares de robôs-sem-alma em centenas de lojas e restaurantes que encontramos nos shoppings centers e nas ruas, o Mateus e o Marcio são uma FANTÁSTICA REFERÊNCIA e EXEMPLO para todos os seres humanos que ainda acreditam em SERVIR aos outros acima de tudo.
PARABÉNS ao Márcio e ao Mateus!
PARABÉNS por terem a sensibilidade de notar que vale a pena quebrar as regras para servir ao cliente; que vale a pena ficar 15 minutos a mais no trabalho; que vale a pena ajudar o colega a terminar o trabalho dele; que vale a pena Ser Humano e não apenas funcionário.
PARABÉNS ao The Fifties!
ARREBENTA!!
Esse é o Mateus de Souza, garçom-em-treinamento:
E esse é o Márcio, o maître-gerente que ARREBENTA no The Fifties em Alphaville:
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