De Berlim, Alemanha – O Thássius falou brevemente de mim no início da semana. Como sou educada, me apresento: sou a Ana e eu escrevo. Escrevo sobre celulares e computadores, redes sociais e milionários do setor tecnológico, sobre viagens, satélites, caminhões, cervejas, maquiagem. É tudo sério: essas são todas coisas sobre as quais já escrevi a respeito. E ainda faltam algumas nessa lista. Você pode ler essas viagens no meu blog, o Olhômetro.
No entanto, tecnologia é uma das minhas áreas preferidas. Desde que me lembro, eu gosto de observar como o desenvolvimento tecnológico influencia e muda a maneira como nos relacionamos uns com os outros e com o mundo. E é com esse olhar que eu pretendo escrever pra vocês como as coisas funcionam aqui na Europa.
Falando em Europa, já é difícil o suficiente mudar de país, como vocês devem imaginar. Não é só fisicamente extenuante; cidade, emprego, idioma, cultura e casa novos consomem tanta energia mental que qualquer extra nessa equação tem um peso tremendo.
É por isso que eu achei um saco quando precisei, também, me privar de baixar filmes, séries e música. Quer dizer, poucas coisas são tão eficientes pra curar um dia ruim ou uma tristeza ocasional (comum quando você se muda sozinha pra um novo país) do que assistir alguma coisa que te distraia, entretenha. É fuga pura da realidade, verdade, e eu sou completamente a favor.
Mas sem TV em casa e com a rígida legislação alemã pra pirataria, eu me vi sem muita opção no início. Foi uma interrupção muito brusca num hábito quase automático. Até então, na minha vida, a lógica era bem simples (como deve ser pra você, também):