Daqui a algumas semanas, o designer David Butler vai lançar um livro inspirado em suas décadas de experiência profissional. Trabalhando atualmente como Vice Presidente de Inovação na The Coca-Cola Company, Butler é um dos responsáveis pela aceleradora de startups da corporação. Para ele, há cinco pontos fundamentalmente diferentes entre startups e corporações, mas um modelo intermediário, o scaleup, pode ser a chave par unir o melhor dos dois mundos.
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E não é só ele que pensa assim. Gente da Endeavor, Nesta, Google, Oxford, Cambridge e outros são embaixadores dessa abordagem. No Reino Unido, um grupo está dedicado a promover scaleups (não mais startups). Tem universidade, ong e consultoria privada metidos no esforço. Afinal, entender que toda startup precisa crescer é fácil; entender que há um meio do caminho até se transformar em uma grande corporação também é fácil e não diz nada de novo. Ainda assim, eles conseguiram estruturar o conceito, geraram até o relatório gratuito The Scale-up Report, com estudo de casos com 12 recomendações.
A Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres promoveu um debate com o tema “por que as scale-ups vão guiar a agenda de política pública mundial para a próxima geração”. Assista à gravação.
O Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) trata do assunto dentro do Laboratório de Desenvolvimento (D-Lab), que foca em empreendedores sociais e ongs.
Cinco diferenças entre startups e corporações conforme David Butler
“A primeira onda foi sobre pegar uma empresa e torná-la pontocom. A segunda onda foi sobre criar um ecossistema global de startups. Startups sabem como começar, mas tem problemas para escalar. Grandes empresas não sabem como começar mas sabem escalar”, explicou David Butler.
- Startups precisam criar ativos; corporações precisam alavancar seus ativos;
- Startups precisam fazer iteração rápida; corporações precisam de efeitos de rede;
- Startups são baseadas em colaboração; corporações são baseadas em execução.
- Startups ficam fazendo pivot (alterações no modelo de negócio); corporações ficam fazendo planejamento;
- Startups fazem um monte de pequenas apostas; corporações fazem poucas e grandes apostas.
“Imagina se a gente botar os starters e os scalers? A gente nem sabe direito o que quer fazer aqui, não se trata de uma aceleradora tradicional. Mas a tese é que a próxima onda será de scaleups, acreditamos que isso pode acontecer quando se aproxima grandes empresas e pequenas empresas altamente inovadoras. Vamos aprender fazendo. O que a gente sabia era que precisava trazer fundadores para cá. Visitamos alguns lugares e convidamos alguns empreendedores. Também conectamos com a comunidade. E trouxemos nossos assets e recursos, e finanças” – David Butler, sobre a aposta em scaleups e o modelo da aceleradora da Coca-Cola.
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