Vivemos no país do preconceito velado. Somos internacionalmente conhecidos pela nossa miscigenação, mas diversas situações do nosso cotidiano denunciam que a convivência entre pessoas de origens, jeitos e cores diferentes não é assim tão pacífica como parece. Não é difícil encontrar relatos de gente que, sem que uma única palavra fosse dita, se sentiu discriminada, ou que se sentiu desconfortável com uma piada, mas não se viu em condições de protestar, com receio de ser taxada de alguém ‘que não sabe levar as coisas na esportiva’.
Esse impactante vídeo da instituição australiana Beyond Blue mostra como essa ‘discriminação invisível’ pode ser tão ou mais danosa do que aquela que é visível, reconhecível por todos. Ao menos sobre essa última pode-se reclamar, pedir justiça, abrir processos. Mas o que fazer com esses pequenos comportamentos ofensivos ‘invisíveis’ do nosso dia a dia?
O roteiro, com pouquíssimos diálogos, evidencia no rosto dos atores o principal problema: por que deveríamos fazer com que as pessoas se sentissem mal pela sua aparência? Ao final, a ação convida a ‘Parar. Pensar. Respeitar’. É uma iniciativa com foco no público australiano, mas tenho certeza de que vale também para os brasileiros.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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