Nos antigos dias da bolha ponto-com, tinha gente fazendo umas coisas muito loucas. Havia quem gastasse milhões em festas nerd extravagantes. Havia quem investisse montanhas de dinheiro em startups que vendiam fralda para cachorro. E havia até mesmo quem fizesse tatuagem de propaganda no próprio corpo.
Foram-se as empresas… ficaram as propagandas.
O BuzzFeed FWD investiga o que aconteceu com essa prática maluca de propaganda, porém mais comum na época.
A primeira propaganda em tatuagem – ou “skinvertising” – da bolha ponto-com foi na nuca de Jim Nelson, em 2003, para uma empresa então chamada CI Host. Ela pagou US$7.000 pelo anúncio.
Algum tempo depois, um cara chamado Joe Tamargo tatuou os braços com logotipos de 15 sites diferentes. Hoje, a maioria deles não existe: “as pessoas vão lá e não tem nada no website”, diz ele. Tamargo diz que faturou mais de US$220.000 quando vendia espaço para anúncios no seu corpo.
Essa era uma prática de empresas ponto-com: nenhuma empresa tradicional iria se associar a esse marketing bizarro e controverso. Então, no final da década, a tendência acabou – mas as propagandas continuam.
Um dos casos mais lamentáveis é Karolyne Smith, uma jovem loira que tatuou GoldenPalace.com na testa em 2005, por US$10.000. Hoje, ela continua com a tatuagem (um pouco apagada), e terá que morar no porão da casa do pai. Arranjar emprego e pagar uma casa deve ser difícil com uma tatuagem na testa.
E então temos o caso de Hostgator Ponto Com, que vendeu até o próprio nome (era Billy Gibby). E ele vende tatuagens até hoje para empresas. Eis um excerto do BuzzFeed:
Dotcom, que ainda vende tatuagens na própria pele, sabe de todos os websites em seu corpo. Ele cobre os sites que morreram com a tatuagem de um novo cliente. E ele acredita que um dia poderá vender uma tatuagem para o corpo inteiro, e se tornar uma “coisa tipo mascote humano”.
Isto soa muito menos triste do que realmente seria. O artigo completo está ótimo, e você o confere aqui: [Buzzfeed FWD]
Foto por Stephen Nigl/ BuzzFeed FWD