Mesmo atrasado no assunto (só consegui ler o report inteiro ontem à noite), acho que é bem importante compartilhar aqui também os resultados do trabalho do Startup Genome.
Como o Steve Blank já tinha antecipado na SLLConf, esse relatório é o resultado de um trabalho investigativo com mais de 600 Startups nos EUA, em diversos estágios e com diferentes tipos de negócio. Se não quiser ler o report completo, o Startupi fez ontem um resumão das principais conclusões do trabalho.
Algumas dessas conclusões estão diretamente relacionadas à capacidade de entender e aplicar corretamente os princípios de Lean Startup / Customer Development. Por exemplo:
1. Fundadores que aprendem tem mais sucesso: startups que tem ajuda de mentores, acompanham métricas eficientemente e aprendem com os líderes do pensamento de startup levantam 7 vezes mais dinheiro e tem crescimento de usuários 3,5 vezes melhor;
11. Startups precisam de 2 a 3 vezes mais tempo para validarem seu mercado do que a maioria dos fundadores imagina. Esta subestimação cria a pressão de escalar prematuramente;
3. Escalar prematuramente é a principal razão de as startups irem pior. Tendem a perder a batalha cedo por atropelarem a si mesmos;
14. B2C versus B2B não é mais uma segmentação/diferenciação significativa para startups de Internet porque a Internet mudou as regras do negócio. O estudo descobriu 4 grupos principais diferentes de startups que tem comportamento específico de acordo com aquisição de consumidores, tempo, produto, mercado e equipe.
(obs: esse último tem a ver com o conceito de Market Type do Steve Blank)
Ainda, tão empolgante quanto os primeiros resultados é a promessa de próximos passos do grupo:
“One of our key focuses in the next few months will be developing a more intricate ontology to map the progress of startups along many more dimensions than just customer development and getting a deeper understanding of the underlying metrics and thresholds that determine stages. This should drastically increase our ability to test hypotheses and organize data.”
Quem sabe alguém se habilita a fazer um estudo parecido aqui no Brasil. 😉