Você provavelmente lembra quando, em março desse ano o Chrome desbancou pela primeira vez o Internet Explorer e ficou no topo da participação do mercado por um dia. Algumas semanas depois o Chrome chutou de vez o concorrente da Microsoft, tudo segundo o StatCounter. Isso não impediu a Microsoft de contestar os dados já em março mesmo. Essa semana o próprio StatCounter decidiu rebater as críticas da Microsoft.
Em uma longa carta aberta liberada no site, o Statcounter não só citou cada um dos erros e omissões do post de Roger Capriotti, da Microsoft, como também mostrou as diferenças de métricas com a Net Applications. Eles dizem, por exemplo, que há um erro fundamental no post onde Roger diz que usar pageviews é errado, e que se deveria usar visitantes únicos (a métrica do Net Applications). O problema, aponta o StatCounter, é que o Net Applications só contabiliza um navegador por dia por usuário e por isso “a quantidade de uso do seu navegador ou de uso de outro navegador depois disso é completamente ignorado”.
O método usado pelo StatCounter para medir o uso de um navegador é mostrado no vídeo abaixo, publicado em maio.
Demais pontos levantados pelo StatCounter estão relacionados com a omissão da Microsoft em não dizer que o Net Applications não revela a quantidade de pageviews por mês e também o fato de que o seu concorrente agrupa nas estatísticas do Internet Explorer as engines de renderização similares como o Maxthon e Lunascape. O StatCounter também diz que as métricas relativas ao crescente uso do Chrome bate com os da ComScore, empresa de análise de tráfego e que não revela seus dados – a confirmação partiu de um porta-voz da empresa durante uma entrevista.
Eu recomendo a leitura completa do texto onde o StatCounter tenta (e a meu ver, consegue) provar que suas métricas têm mais validade do que as da Net Applications. E eles até pedem desculpas à Net Applications no final.
Com informações: Slashdot.
StatCounter rebate críticas da Microsoft sobre queda do IE