Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de games que tratem de forma igualitária personagens masculinos e femininos, a Suécia está estudando a possibilidade de instituir um selo que marcaria games sexistas. O funcionamento seria parecido com as atuais marcações para games violentos, com inclusão de palavrões ou de conteúdo explícito – um selo evidenciaria o conteúdo e a faixa etária indicada.
A determinação sobre quais games ganhariam esse selo seria parecida com o Teste de Bechdel, que já foi assunto de um Braincast aqui no B9 – algumas perguntas seriam capazes de demonstrar o como o personagem feminino está sendo percebido no jogo em questão, apontando se existe a necessidade de incluir um selo de ‘sexista’, ou não.
A princípio, a Vinnova, agência de inovação sueca responsável por esse estudo, também considera a opção de substituir o selo por um certificado, que poderia ser usado pela produtora do game no marketing do produto.
Há quem considere que a medida seria um jeito de limitar a criatividade dos produtores dos jogos, mas Anton Albiin, gerente do estudo, discorda desse posicionamento. “Claro que os jogos podem ser sobre fantasia, mas eles podem ser muito mais do que isso. Eles também podem ser uma forma de expressão cultural, refletindo a sociedade ou o tipo de sociedade que queremos ter. Os jogos podem nos ajudar a criar ambientes de trabalho mais diversos, e até mesmo mudar a forma como pensamos sobre algumas coisas”, defende ele.
Se já temos hoje avisos de classificação etária para filmes e de conteúdos violentos ou sexuais em jogos, acho que a Suécia daria um importante passo para um mundo mais igualitário avisando também quando um jogo é sexista.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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