Esse é era o nome do painel no qual Richard Deitsch da Sports Ilustrated entrevistava Charles Barkley, um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos e comentarista da Turner Sports.
Esse painel me chamou atenção porque o Barkley não usa social media, então é no mínimo curioso que ele esteja dando dicas de como se manter relevante na era digital, porque ele meio que não vive como todos nós vivemos.
Eu pensei que a resposta seria por aí. “Barkley continua relevante porque ele É o assunto”. Ele é um comentarista polêmico e muitas vezes é mais discutido nas mídias sociais do que o jogo que ele comenta. Mas essa não é uma boa resposta para “como se manter relevante..”. porque poucas pessoas podem ser comentaristas esportivos polêmicos.
E aí ele começou a falar sobre o como ele é honesto e fala as coisas que realmente pensa, e não liga se for demitido porque ele tem dinheiro suficiente… E eu pensei que a resposta agora era isso: “Ser honesto”. O que seria bem legal: “se você é honesto, você é relevante”. Só que isso não é verdade. Aliás, boa parte das pessoas relevantes na era digital não são honestas e isso não atrapalha. Ser honesto é legal, mas não tem nada a ver com ser relevante. São duas coisas separadas.
E aí o repórter começou a perguntar sobre as séries favoritas do Barkley, e quem é o melhor jogador da NBA hoje. Foi então que eu reparei que essa palestra não era nem um pouco sobre como se manter relevante na era digital. O título dela deveria ser “Como seria Charles Barkley no sofá da Hebe?”.
“- Você assistiu Birdman?” – perguntou Deitsch
“- Não, mas está na minha lista” – respondeu Barkley.<p data-url="http://wp.me/peBwt-ezs" data-picture="http://www.b9.com.br/wp-content/uploads/2015/03/charles1.jpg" data-title="SxSW 2015: Como se manter relevante na era digital?" data-caption="Brainstorm9" data-description="“- Você assistiu Birdman?” – perguntou Deitsch
“- Não, mas está na minha lista” – respondeu Barkley.”>compartilhe
Até que foi legal pra mim, porque eu amo basquete e ver o Barkley é sempre interessante, mas na real, essa entrevista ficou realmente parecendo com uma timeline da nossa rede social favorita: fugiu completamente ao assunto, gerou um monte de comentários aleatórios, muita gente querendo aparecer, não chegou a lugar nenhum e no fim estávamos discutindo sobre esportes.
Essa palestra fez o SxSW parecer um pouquinho mais com os outros eventos nos quais eu já pisei: o lado de fora às vezes é mais interessante do que o lado de dentro das salas de conferência. Resta descobrir quantas vezes.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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