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Telegram e Viber brigam em público enquanto disputam por usuários do WhatsApp


Esta semana, uma ordem judicial chamou a atenção da internet: o WhatsApp seria suspenso no Brasil inteiro até que a empresa resolvesse colaborar com investigações da polícia de Teresina, no Piauí. A ordem judicial foi cassada, mas causou pânico entre quem depende do WhatsApp: milhões de brasileiros criaram conta em serviços concorrentes, como o Telegram.

Isso acabou causando uma briga pública entre Viber – outro concorrente do WhatsApp – e Telegram. As acusações são fortes; vamos entendê-las mais a fundo.

A briga começou com este tweet:

Whatsapp pode ser bloqueado e Telegram cheio de problemas de segurança. Baixe o Viber e continue trocando msgs! https://t.co/FKJTYVs2xA

— Viber Brasil (@ViberBR) February 26, 2015

“Telegram cheio de problemas de segurança”? O serviço não gostou disso:

@ViberBR Tenha mais cuidado ao twittar. Não é bom espalhar falsos boatos para obter usuários. Tente ter grandes recursos em vez disso. 😉

— Telegram Brasil (@telegram_br) February 26, 2015

O Viber respondeu apontando para este post, que menciona o trabalho do israelense Zuk Avraham, dono da empresa de segurança digital Zimperium. No Twitter, o Telegram se defendeu:

@ViberBR @Tec_Mundo ——–> pic.twitter.com/YshI95VBCN

— . (@br3_help) February 26, 2015

E Pavel Durov, russo que fundou o Telegram, sugere que um processinho está por vir:

@mrternovoy Yes, our lawyers are dealing with this. Big companies should not be able to get away with spreading lies.

— Pavel Durov (@durov) February 27, 2015

Criptografia

Um dos diferenciais do Telegram é a promessa de que suas mensagens “são pesadamente criptografadas e podem se autodestruir”. Mas Zuk argumenta que é possível burlar essa criptografia.

Basicamente, o Telegram guarda as mensagens no seu smartphone em texto puro, sem criptografá-las: o app só as encripta ao enviá-las para seus contatos. Dessa forma, se um hacker tiver acesso ao seu celular, não será difícil bisbilhotar suas conversas.

Claro, isso não é tão simples. Zuk testou a invasão no Android 4.4 KitKat com root, e usou um site malicioso que se aproveita de uma falha no Chrome. Isso permite chegar a outra falha, desta vez no kernel do Linux (presente até a versão 3.14.5), que dá acesso a todos os arquivos do seu smartphone.

Um porta-voz do Telegram diz à PC World que esse ataque deixaria qualquer app vulnerável: “a fim de mostrar uma mensagem na tela, você precisa colocá-la na RAM do dispositivo. Um invasor com acesso root pode simplesmente ler a memória do seu dispositivo.”

De fato, Zuk demonstrou que consegue ler as mensagens na RAM:

beffad mgbflRGg

Via RSS de Gizmodo Brasil

Leia em Gizmodo Brasil

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