Recentemente assisti a esse vídeo no site do TED e ao final dele cheguei a conclusão de que não sou o único no mundo a suspeitar dos resultados de busca. Depois que li “Click” e “Numerati” passei a olhar a Internet com outros olhos. Também acho que não seja uma ação tão deliberada, mas com a justificativa de querer facilitar a nossa vida, certas empresas acabam nos impondo algumas regras que nem sempre fomos nós que escolhemos.
Eli Pariser, diretor executivo da MoveOn, fala em sua palestra, que empresas como o Google e o Facebook, na tentativa de adaptar seus serviços (incluindo notícias e resultados de pesquisa) às nossas preferências, criaram um perigoso efeito colateral. Acabamos ficando presos dentro de uma “bolha de filtros” de maneira que não somos mais expostos às informações que poderiam nos desafiar ou aumentar a nossa visão global. Eli Pariser faz um argumento tão poderoso que no final da palestra vai provar que esses “algoritmos” não são tão bons assim. Nem pra nós e nem para a democracia.
Em seu livro “The Filter Bubble: What the Internet Is Hiding from You“, ele questiona como as ferramentas de pesquisa moderna – o filtro através do qual todos nós passamos a ver o resto do mundo – estão ficando cada vez mais sofisticados para nos mostrar apenas os resultados de pesquisa que eles “pensam” que queremos ver. É uma visão tão interessante e provocadora que o público aplaudiu de pé. Assista ao vídeo e tire suas próprias conclusões. Só sei que gerenciar os movimentos e as ações de uma empresa na Internet, seja de que tamanho for, está se tornando uma atividade cada vez mais matemática. E você? Já está preparando sua empresa para os filtros?