Clientes da TIM e da Oi estarão sob o mesmo teto (ou espectro) quando o 4G dessas operadoras for lançado comercialmente. O Valor Econômico adiantou que as duas trabalham em conjunto para a criação de uma rede 4G unificada e compartilhada.
A união de forças entre TIM e Oi é diferente da locação de infraestrutura que já rola entre as operadoras e que vem ganhando espaço pela economia que representam. A ideia, aqui, é ter uma rede só, compartilhando antenas e outros equipamentos, para baratear o custo de implantação e agilizar o cronograma, que por sinal está bem apertado: a Anatel estabeleceu que até abril deste ano as cidades-sede da Copa das Confederações (Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador) já deverão ter 4G disponível para a população.
As vantagens, para as duas operadoras, são bem atraentes. O Estadão estima que a economia na implantação da nova tecnologia será de 40% a 60%, e como a rede será a mesma para as duas, cada uma estenderá a infraestrutura disponível para seus clientes — com o “contra” de abrigar os clientes da rival-parceira também, mas o saldo deve ser positivo. Para os usuários, ainda não ficou claro se essa economia será sentida na fatura, ou que outras vantagens eles terão com a parceria. Esta depende, ainda, de sinal verde da Anatel e do Cade, autarquia que fiscaliza, evita e apura casos de monopólio e abuso de poder das empresas que atuam no Brasil.
O sistema de parceria adotado por TIM e Oi para o 4G nacional é inédito no Brasil e meio que cumpre um desejo do Senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Ele é o autor do PLS-293, conhecido como Lei das Antenas, que dentre outras coisas visa o compartilhamento da capacidade ociosa das antenas. Este projeto tem por objetivo unificar as leis que tratam da instalação de antenas de telecomunicações no país, problema que é apontado pelas operadoras como um dos responsáveis pela baixa qualidade do nosso 3G e dificuldades de expansão. [Valor Econômico, Estadão, Senado. Foto: Teo Romera/Flickr]