A transfusão de sangue já salvou incontáveis vidas. Mas pode ser um procedimento arriscado. Na Nature, Emily Anthes juntou evidências de que o procedimento é um dos tratamentos mais usados pelo mundo, é caro e, o mais importante de tudo, é potencialmente perigoso.
É intuitivo entender por que transfusão de sangue é uma coisa boa. Quando os bancos de sangue que surgiram após a Segunda Guerra Mundial se provaram úteis, médicos começaram a adotar amplamente a transfusão — sem testes clínicos aleatórios que sustentam muitas dessas práticas. “Eu acho que meio que sofremos lavagem cerebral para pensar que o sangue salva vidas, e quanto mais você doa, melhor”, disse o anestesiologista Steven Frank à Nature.
Ultimamente, médicos passaram a coibir a prática. No Stanford Hospitals and Clinics, os médicos foram levados a reduzir o número de solicitações de transfusão, o que acabou por reduzir os custos em US$ 1,6 milhão, além de reduzir o tempo de internação e mortalidade dos pacientes.
Mas preocupante do que o dinheiro que pode ser economizado é o fato de que a transfusão de sangue pode causar sérios danos: há o risco baixo, mas não inexistente, de receber um sangue infectado, e então temos a forma complicada com a qual o sangue estranho interage com nosso sistema imunológico. Categorizar sangue em diferentes tipos (A, B, AB, O e positivo/negativo) supostamente evita reações imunológicos perigosas, mas nem sempre é o caso. Na Nature, você pode ler mais sobre o excesso do uso de transfusão de sangue – o artigo está em inglês. [Nature]
Imagem de topo: Praisaeng/shutterstock
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