Desde o surgimento do Wikileaks, transparência virou palavra de ordem nas empresas. O site de Julian Assange criou um verdadeiro reboliço entre as companhias – umas se esforçavam para esconder documentos anônimos, enquanto outras concentravam forças para mostrar que não tinham o que esconder. Foi nesse embalo que nasceu o Glassdoor, uma espécie de Wikileaks corporativo, onde os funcionários podem falar anonimamente sobre as condições, benefícios e problemas das empresas onde trabalham.
A partir das informações passadas pelos colaboradores, o Glassdoor faz um ranking com as empresas, como este aqui das melhores empresas para se trabalhar, divulgado no início do ano. A verdade, é que os CEOs aprenderam a importância da transparência no mundo corporativo. Situações já mostraram que os investidores preferem as companhias que apresentam clareza na hora de negociar. Não mentir sobre o que você não sabe e estar aberto a outros pontos de vista, mesmo que contrariem sua opinião, são atitudes que ajudam os executivos a passarem mais confiança e credibilidade.
Durante a conferência anual Society for Human Resource Management, Mary Ellen Slayter falou com Robert Hohman, co-fundador e CEO do Glassdoor, e o assunto, claro, não poderia ser outro: transparência corporativa. Hohman disse que, na opinião dele, as empresas deveriam deixar todas as contas abertas, inclusive os salários, e explicar aos funcionários porque uns ganham mais que outros. Mas o CEO alerta: “Isso não significa que todos têm que ter salários iguais. Não acredito na igualdade salarial”.