Os motores flex na nossa frota de carros revolucionaram o mercado. Foi uma mudança tão significativa e bem recebida que, hoje, é difícil encontrar modelos populares que queimam apenas gasolina ou apenas álcool. O povo gosta de opções, mais ainda quando é para economizar.
Conheça mais sobre essa missão da GE e saiba como as máquinas falantes vão nos ajudar a destruir o trânsito
No mundo corporativo os olhos dos executivos também brilham quando uma opção mais barata e mais eficiente desponta no horizonte. A tecnologia Dual Fuel é mais ou menos como a dos motores flex: ela permite o uso de combustíveis alternativos em motores de grande porte, como os das locomotivas.
Desenvolvida pela GE, embora conceitualmente o Dual Fuel, seja similar ao que acontece nos motores dos nossos carros, ela tem suas peculiaridades. Em muito, devido à própria natureza de uma locomotiva: ela, por exemplo, não tem caixa de marchas ou embreagem. A transmissão de potência do motor para as rodas é feita por eletricidade. A locomotiva, na verdade, pode ser pensada como um gerador que produz eletricidade. Essa eletricidade é reconvertida em potência nas rodas por meio de motores elétricos.
E tem, claro, as proporções. Enquanto o tanque de um carro tem capacidade para pouco mais de 60 litros de combustível, em média, o de uma locomotiva suporta 30 mil litros de diesel. Por hora, ela queima 750 litros. São números enormes.
O principal desafio
O time de Pesquisadores do projeto Dual Fuel da GE tem uma missão: usar novos combustíveis, como gás natural, nesses motores. E aqui já temos a primeira diferença para carros de rua: não é possível eliminar o diesel da equação. Um motor Dual Fuel sempre queima algum diesel, mesmo quando operando com gás natural. Como não tem vela de ignição uma pequena quantidade de diesel sempre é necessaria para o inicio da combustão do gás natural.
Apesar dessa exigência, os ganhos podem ser fascinantes. Um motor convertido passa a usar apenas 20% de diesel e o restante do combustível alternativo. Além da economia, essa divisão tem um impacto direto e profundo na autonomia. Dependendo do cenário, ela pode dobrar.
Outro ponto é que a tecnologia Dual Fuel não é exclusiva para motores novos. Outros já em operação podem ser convertidos para aceitarem o combustível alternativo. Isso é importante se colocarmos em contexto a vida útil de uma locomotiva, que é tipicamente de 40 anos.
Uma empresa que tenha comprado uma frota de locomotivas há 10 anos, por exemplo, quando o gás natural não era tão vantajoso ou tão facilmente disponível quanto hoje, poderia converter seus motores e usufruir dos benefícios do uso de um energético de menor custo sem ter que trocar todo o maquinário.
Além de contribuir para a pesquisa junto aos outros Centros de Pesquisas Global espalhados pelo mundo, a unidade da GE no Brasil atua próxima de parceiros locais, caso das empresas de mineração e logística.
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