Na internet, a reputação de uma empresa pode muitas vezes fugir ao controle de suas lideranças. Por meio de fóruns de discussão, blogs, redes sociais e outras plataformas da internet, os consumidores apontam falhas, dão sugestões, criticam… Enfim, influenciam no comportamento de outras pessoas. Da mesma forma, as redes virtuais são portas abertas para as empresas divulgarem produtos, serviços e se comunicarem direto com o consumidor final.
Entretanto, para isso, não basta apenas twittar ou estar conectado 24 horas por dia. É preciso saber utilizar as ferramentas de maneira estratégica. Dessa nova realidade, surgiu uma nova profissão. O analista de mídias sociais deve gerenciar perfis, produzir conteúdo, estudar comportamentos e monitorar a internet e colher elementos para elaborar estratégias que possam potencializar a atuação das empresas nas redes.
Segundo pesquisa da organização Deloitte, mais de 70% das empresas brasileiras já estão presentes neste universo. No nordeste, a média salarial de um analista de mídia social inicialmente é de R$ 1.500,00. De 2010 para 2011, o mercado para agências digitais teve um aumento de 51%, de acordo com dados da Associação Brasileira das Agências Digitais (ABRADI). No entanto, o número considerável dessa presença não significa um amadurecimento no uso da ferramenta e no conhecimento relativo à atividade, explica o coordenador de comunicação digital da AD2M, Tiago Fernandes. Para ele, as empresas ainda não perceberam a força da presença digital e tanto o mercado quanto a mão de obra precisam amadurecer.
O coordenador explica que alguns profissionais estão focados em questões técnicas e operacionais e se esquecem de pontos básicos. “É preciso entender quem está do outro lado interagindo com a marca, entender qual é a linguagem desse consumidor e o que ele busca”, disse. Além de conhecer o comportamento do seu público, o analista deve trabalhar em equipe. “Não se faz uma ação que tem sucesso na internet sem o trabalho em grupo, pois são vários pessoas que compartilham experiências”, explica. O coordenador também reforça a necessidade do autogerenciamento, pois geralmente os profissionais dessa área são muito jovens e alguns não têm a disciplina de se organizar.
A analista de recursos humanos Wanessa Fernandes, também pontua características importantes para os comunicadores. “As empresas procuram pessoas com ideias flexíveis e disponibilidade de aprender rápido, principalmente para essa área”. Segundo Wanessa, a resiliência, capacidade de transformar uma situação negativa em positiva e a criatividade também são características importantes em todas as áreas. “A competência é o arranjo de várias coisas, não é só ter conhecimento é ter atitude, habilidade e aptidão”, completa.
Via AD2M. Crédito da imagem: Freerange Stock.