Para o bom convívio entre humanos e robôs é necessário que as máquinas entendam como é o nosso mundo e qual é a finalidade de certos objetos. E pesquisadores de robótica dos EUA estão trabalhando nisso ao usar a internet para desenvolver um grande cérebro robótico.
Desde julho, cientistas de Cornell, Stanford, Brown e UC Berkeley compilam “cerca de um bilhão de imagens, 120.000 vídeos do YouTube e 100 milhões de documentos e manuais” em um banco de dados armazenado na nuvem. Esse banco poderá, no futuro, ser acessado por robôs. Com tecnologias de aprendizado de máquinas, eles poderão entender para que tal objeto serve, ou o que ele pode fazer.
Em resumo, um cérebro gigante chamado Robo Brain será compartilhado por robôs do mundo inteiro e ficará armazenado na internet, e as decisões tomadas pelas máquinas serão feitas a partir das informações lá guardadas. Quando um robô der de cara com um objeto que não conhece, ele procurará informações sobre ele no Robo Brain para saber exatamente o que fazer naquela situação.
Os cientistas de Cornell explicam como isso funciona na prática:
Se um robô ver uma xícara de café, ele poderá aprender pelo Robo Brain que não apenas é uma xícara de café, mas também que líquidos podem ser colocados ou tirados dela, que ela pode ser segurada pela alça, e que deve ser carregada virada para cima quando estiver cheia, ao contrário de quando é carregada da máquina de lavar louça para o armário.
O sistema emprega o que cientistas chamam de “estrutura profunda de aprendizado”, onde as informações são armazenadas em diversos níveis de abstração. Uma poltrona faz parte da classe das cadeiras e, subindo um nível acima, as cadeiras são móveis. Sentar é algo que você pode fazer em uma cadeira, mas um humano também pode sentar em um banquinho ou no gramado.