O evento é o maior do setor e conta com participantes do Brasil e do exterior. Na pauta, estão temas como as oportunidades para os investidores em setores como óleo e gás, educação e infraestrutura, entre outros. São esperados 600 participantes, entre grandes investidores, representantes de fundos de pensão e do setor acadêmico.
Segundo Meurer, o cenário é de otimismo na indústria de PE, com novos investidores estrangeiros interessados no Brasil e uma maior diversificação de áreas para aportes, como energia e turismo. “Há várias oportunidades de investimentos, e o volume de recursos aplicado também está em crescimento.”
Para o vice-presidente da ABVCAP, Fernando Borges, a indústria está capitalizada e o investidor tem recursos e liquidez, mas há uma cautela positiva no mercado, o que mostra a maturidade do setor.
Segundo Josh Lerner, professor-titular de investment banking da Harvard Business School e conselheiro da Mastermind, um dos palestrantes internacionais do evento, o otimismo da indústria de PE não é gratuito. “Vivemos uma das décadas mais importantes do setor, principalmente nos últimos cinco anos, com uma melhor qualidade dos investimentos e das empresas envolvidas nesse mercado.”
Depois do volume de captações ter atingido US$ 7 bilhões em 2011, mais do que cinco vezes superior ao montante total captado em 2010, que foi de US$ 1,1 bilhão – segundo dados da EMPEA (Emerging Markets Private Equity Association), o Brasil mantém perspectivas muito favoráveis para o ingresso de capital e os investimentos no setor. Estimativa da ABVCAP é que até junho o setor vai contabilizar de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões entre recursos movimentados nos últimos 18 meses.
O Brasil respondeu por 18% de todo o volume captado por fundos de Private Equity em emergentes no ano passado e foi o segundo principal destino dos recursos captados pelos fundos no primeiro semestre de 2011 – atrás apenas da China. Os dois países juntos lideraram as captações dos países emergentes, com um US$ 23,7 bilhões, o equivalente as 61% do total de captações dos emergentes, que foi de US$ 38,6 bilhões. Além disso, segundo pesquisa publicada pela EMPEA e Coller Capital, o Brasil foi apontado como o País mais atraente para os investidores de PE entre os países emergentes.