Mais do que viabilizar conversas entre duas pessoas ou entre grupos fechados, o Viber quer agora disponibilizar um formato de conversação que seja mais público e social.
Para isso, a empresa promete para setembro uma atualização do seu app para iOS e Android, que vai permitir a criação e o acompanhamento de ‘grupos abertos’. Segundo a descrição da empresa, seriam grupos de broadcast de mensagens. As mensagens postadas seriam feitas por pessoas autorizadas a serem membros do grupo, e os seguidores poderão fazer comentários.
A princípio, apenas parceiros do Viber estarão autorizados a montar esses ‘grupos públicos’ – entre eles, estão os canais de TV Esporte Interativo, Mix TV e History Channel; a rádio Mix FM; os sites Omelete e Não Salvo; e marcas como Easy Taxi e Westwing.
Essa primeira seleção de parceiros detona o interesse em conquistar o público da segunda tela, que ganharia uma espécie de ‘sala de chat’ para comentar assuntos em tempo real, por exemplo a premiação do Emmy no Omelete. Apesar das semelhanças com uma sala de chat, Luiz Felipe Barros, diretor geral do Viber no Brasil, destacou, em entrevista para o B9, que o conceito é um pouco diferente: “Os administradores dos grupos abertos são os ‘curadores de conteúdo’, e seus membros, os produtores desse conteúdo.” De acordo com a interação dos seguidores, eles poderiam ser ‘promovidos’ a membros do grupo, de acordo com o critério dos administradores.
Com uma URL própria, os grupos abertos também poderão ser embedados dentro de sites e redes sociais, o que ajudará na divulgação dos assuntos e também do próprio Viber.
“Esses grupos são uma evolução dos canais que existem hoje disponíveis para as marcas nas redes sociais, mas com uma dinâmica mais humana, pessoal, interativa e em tempo real”, argumenta Luiz Felipe, que acredita que o Viber tem potencial para se tornar a principal ferramenta da segunda tela, espaço que, segundo ele, ainda não foi preenchido com propriedade por nenhuma outra rede social.
Além dos grupos abertos, o Viber promete ainda para este ano novidades focadas no público corporativo, que provavelmente serão oferecidas como funcionalidades premium, já que a plataforma não tem interesse de estabelecer formatos de monetização com publicidade invasiva. Hoje, uma das principais fontes de renda do app social são os “stickers”, etiquetas virtuais que são usadas nos chats com os amigos.
Com aplicativos disponíveis para a maioria dos sistemas operacionais, incluindo desktop e Windows Phone, o Viber aperta bem a concorrência com o WhatsApp: segundo a marca, já são mais de 400 milhões de usuários ativos mensais no mundo todo, número razoavelmente próximo dos mais de 600 milhões de usuários ativos mensais do WhatsApp. No Brasil, o Viber também tem conquistado público, com mais de 17 milhões de brasileiros utilizando o app, um crescimento de quase 90% se comparado com janeiro deste ano.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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