É oficial: os smartphones criaram uma nova geração de viciados em trabalho. São pessoas incapazes de largar o celular por um minuto que seja, sempre checando para ver se chegou mais um e-mail, se é preciso falar com mais um cliente, se ainda é possível resolver mais um problema… Na cama, no jantar com a família, nas férias, não importa: eles estão sempre de smartphone em punho, prontos para atender mais uma demanda. Essa é a principal conclusão de um estudo que acaba de ser divulgado pela empresa californiana Good Technology, especialista em mobilidade. Na pesquisa, foram entrevistados 100 americanos, que falaram sobre o uso do smartphone no trabalho. Os números não deixam dúvidas: os americanos viraram escravos desses pequenos aparelhos móveis. E nós, será que somos muito diferentes?
Primeira conclusão do estudo: a grande maioria dos americanos continua trabalhando depois de deixar o escritório. De que maneira? Checando e respondendo e-mails, é claro. Em geral, as atividades profissionais se estendem por pelo menos uma hora além do horário de serviço. Ao final do mês, isso significa 30 horas extras – em um ano, são 365 horas trabalhadas a mais. E por que fazem isso? 70% dizem que continuam trabalhando para poder se organizar, e quase metade diz que não vê alternativa, já que a demanda é muito grande. Mas 31% dos entrevistados são taxativos: eles simplesmente não conseguem se desligar do trabalho.
A febre dos e-mails continua até mesmo na cama. 69% dos entrevistados revelaram que não conseguem colocar a cabeça no travesseiro enquanto não tiverem checado seus e-mails. Muitos deles começam cedo no dia seguinte: 68% abrem de novo a caixa postal antes das oito da manhã. Nem mesmo os passeios com a família escapam: 57% conferem suas mensagens durante essas atividades. E o smartphone estraga até mesmo o apetite: 38% são incapazes de largar o aparelhinho durante o jantar. E você, também é viciado em trabalho? Vive com o smartphone na mão, checando seus e-mails? Comente, tuíte, mande um e-mail – mas só no horário de trabalho, OK?