Assim que subiu no palco da Arena Itáu, Ricardo Jordão fez a seguinte provocação para Bruno Tobo, Sabrina Sato, Luciano Pires, Cláudia Riecken, Othon Barcellos e Alessandra Pecoraro: “Geração Y é igual horóscopo? Quer dizer, a data em que você nasceu influi diretamente na sua personalidade?”. A reposta negativa foi unânime. “Existem Gerações Y de 60 anos e muito jovem que deveria ser baby boomer”, respondeu Sabrina Sato. A questão da tecnologia também foi muito citada pelos participantes da mesa. “Por mais que tenha pessoas de outras gerações que entendam muito de tecnologia, foi a Gen Y que nasceu com a internet, que acompanhou os avanços do celular. Isso é determinante para o comportamento”, alegou Cláudia.
A sociedade molda a Gen Y ou os jovens moldam a sociedade? “É difícil, porque a sociedade toma medidas para atender a demanda da Geração Y, mas eles estão sempre pedindo mais. È tudo muito rápido. Você tem dez anos para vencer, se não, já é a vez de outra geração”, refletiu Luciano Pires. Um problema (se é que podemos chamar de problema) levantado pelos debatedores foi a rotulação dos jovens. “Se alguém chega na empresa e não respeita o chefe, ele não é Geração Y, é mal educado”, disse Sabrina. Para Luciano, a rotulação é péssimo para os jovens. “Todo rótulo é reducionista”. Alessandra concordou com Luciano. “Esse rótulo também é um desafio para mim. É muita pressão saber que você tem que dar certo, é muita informação”, desabafou.
“Existem Gerações Y de 60 anos e muito jovem que deveria ser baby boomer”