Para começar, Keid Samour mostrou que não pretendia explorar a futurologia, mas sim propor reflexões para o mundo no qual vivemos hoje. “O futuro não pode ser uma desculpa para a gente deixar de pensar no presente”, disse.
Segundo ele, nós “estamos conseguindo uma relação mais simétrica com o poder”, chegando mais perto daqueles que antes só víamos pela televisão e nunca conhecíamos de verdade. Mas sabemos usar tanta liberdade? Samour acredita que ainda estamos aprendendo: “Nós ainda olhamos para o passado para tentar adivinhar o que vai acontecer no futuro, mas assim fica difícil criar coisas novas”.
Samour apresentou o conceito de anarconomia: “Se há pessoas consumindo, comentando e interagindo entre si, a economia sempre vai querer ter espaço ali”. A partir disso é possível o surgimento da economia social, que orienta suas ações para a construção de um mundo melhor, com relações mais humanas, mesmo dentro das empresas.
Outra tendência apresentada por Samour diz respeito a uma mudança na geografia da inovação: “A partir de agora, tudo relacionado a inovação vai passar pelo mercado chinês e indiano”. Ele também destacou o papel do Brasil nessa nova organização, mas explicou que a influência não é a mesma, já que não temos um mercado consumidor do mesmo tamanho.
Samour falou sobre integralidade: “É um resgate à rede de relações que a gente tem com o mundo”. Para ele, chegou a hora de abandonar velhas campanhas que idealizam a realidade e apostar na transparência. “Seja o ponto de partida de mudanças significativas”.
“Se há pessoas consumindo, comentando e interagindo entre si, a economia sempre vai querer ter espaço ali” – Keid Samour