Este texto faz parte da coluna da Plataforma Brasil feito especialmente para os leitores do Saia do Lugar.
Todos sabemos o quanto custa desenvolver pessoas. Sabemos também que muito embora as publicações especializadas sobre gestão e negócios alardeiem dia e noite sobre o quanto o profissional do futuro está preparado, ou está se preparando etc etc etc.. (o eterno blá…blá…blá), encontrar gente de qualidade não é tarefa das mais fáceis.
Nessa onda onde a realidade quase nunca tem relação com aquilo que se lê, muitos empresários são acusados de serem centralizadores, de não saberem delegar ou de agir de forma excessivamente conservadora, mas o fato é que muitos deles adorariam dividir o peso de suas responsabilidades com um equipe eficiente, preparada e comprometida. O problema é que construir um grupo assim e mantê-lo muitas vezes não passa de um sonho.
Mas um sonho possível, se esse empreendedor estiver disposto a valorizar o acervo humano que desenvolveu, fugir das modinhas corporativas onde alta rotatividade virou (não sei como, mas virou) sinônimo de agressividade profissional e competitividade e passar a valorizar o longo prazo, a construção, a curva de aprendizado (tão cara e tão desperdiçada).
Para que você não caia nessa armadilha preparamos algumas dicas:
1- Deixe claro desde o início ao colaborador que está entrando, que a empresa investirá no seu desenvolvimento e que desejam construir uma relação duradoura com ele. Isso afastará os andarilhos profissionais, pois esses tem pavor de qualquer coisa que sugira compromisso;
2- Aprenda a tratar eventuais equívocos e erros como situações naturais, e inevitáveis em um processo de evolução. Cuide apenas para que tragam na sua esteira o devido aprendizado;
3- Crie um programa meritocrático de evolução profissional, com regras claras e benefícios concretos;
4- Caso seja tentado a agir intempestivamente e demitir um colaborador, avalie a situação com frieza, considerando os motivos de sua decisão (evidentemente que questões relativas a conduta ética e honestidade merecem decisões imediatas), pois com o funcionário demitido, vão embora os eventuais problemas, mas também vão atravessar a porta da rua o investimento do aprendizado, as informações e muito conhecimento adquirido;
5- Evite criar um clima organizacional muito complexo ou excessivamente sofisticado. A inconsistência desses modelos acaba por afugentar as pessoas competentes;
6- Estabeleça objetivos explícitos, distribua metas realistas e possibilite com que trabalhem com regras claras isso. Isso reduz a tensão e oferece transparência para as avaliações de desempenho;
7- Mesmo que sua estrutura seja mínima, faça avaliações de desempenho;
8- Aprenda a escutar os seus colaboradores. Não deseje ser temido. Prefira ser respeitado e admirado.
Por último selecione com cuidado, e não economize em conversas e entrevistas antes de contratar.
Boa sorte e até o próximo.
Gustavo Chierighini, da Plataforma Brasil
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