A arte é única. Nasce sempre da razão (ou falta) de um artista e sua observação das experiências que acumulou na vida. Em casos muito particulares, podemos até ver as reações aos eventos que permeiam sua história. Na fase final de Van Gogh, por exemplo, é possível perceber toda a intensidade na espessura da tinta e na violência das pinceladas. A interpretação visceral nos separa das máquinas mais inteligentes do mundo.
Mas Benjamin Grosser desenvolveu um equipamento que simula algo próximo a isso. A Robotic Painting Machine é um bololô de computador, braços mecânicos, câmeras, microfones, mesa de som, monitores de áudio, projetores, tela e tinta a óleo. Capaz de pintar segundo o que considera ser emoção.
Um protótipo que usa inteligencia artificial para – tomando suas próprias decisões – pintar quadros. A “inspiração” para os impulsos da máquina são captados por um microfone, que analisa os sons do ambiente, “se deixando levar”. E mais: ela não depende de ruídos provocados por nós, seres humanos. Se largarem ela sozinha, o próprio som do maquinário alimenta essa pseudo inspiração: assim como os grandes artistas, que se deixam levar em seus universos particulares.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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