O mercado está aquecido. Tem muita gente pulando de galho, procurando dividendos novos, aventuras novas, um novo status e até, pasmem!, uma vida melhor. Massa. Vejo um plot, de fato, recheado de oportunidades, fomentos e grandes chances de fazer valer a posição requebrante que a comunicação nacional vem cozinhando há mais de década.
Esse post, porém, é voltado àquele cara no estágio intermediário, que provavelmente um dia vai ser meu chefe, cliente ou parceiro. Três dicas de minha infinita e múltipla sabedoria para encarar o mundo das agências/produtoras/mídia/empresas criativas diversas de produção variada:
1- Tem que saber chegar, não chegue contando vantagem, palpitando desmedidamente ou mostrando o quanto sabe no primeiro dia. Mas também não faça o contrário e se retraia. Se te contrataram, enxergam potencial em você. Vai conhecendo a galere no seu tempo e no delas e, se for convidado pra alguma reunião, brunch ou brainstorm, ou caso tenha um palpite requerido, mande ver. Se não tem o que dizer, fala que precisa estudar melhor o assunto, se aprofundar. Enfim, seja honesto. Essa ainda é a maior dentre todas as malandragens.
2- Aproveita as primeiras semanas e vai se organizando à medida que sua função real e perímetro de ação vão ficando claros. Pode ser sua única chance de fazer isso.
3- Passaram-se alguns meses, várias coisas deram certo. Óbvio que todos à sua volta são completos idiotas e nunca poderão viver sem você. Chegue a hora que quiser, falte porque sua(eu) namorada(o) pediu, não revise mais emails e documentos antes de enviar, não leve mais conteúdo às reuniões, brunchs ou brainstorms, restrinja suas participações a pitacos de impacto em momentos pontuais da conversa. Seja mais. Peraí, esse item eu escrevi ao contrário.
Enfim, meu amigo e minha amiga, não deixe o fracasso subir à sua cabeça. Projetos são o mínimo que você vai perder.
As tirinhas do post são do sagaz Scott Adams, criador do Dilbert e de todo universo que o cerca, insanamente parecido com o mundo real das empresas corporativas de meo deos do céu.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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