Guta Tolmasquim, entre outras muitas coisas, é estudante da ECO (UFRJ), botafoguense e judia. Já trabalhou com e-commerce, com redação e agora com planejamento. Também escreve no Blog à Bolonhesa.
A tentativa de colocar uma fronteira entre arte e publicidade desencadeia aquela velha discussão da qual todo mundo já conhece a conclusão: uma coisa não tem nada a ver com a outra. Acontece que o Coletivo Filé de Peixe, sem abandonar a arte, invadiu o território da publicidade.
Explico do começo: O prêmio PIPA (Prêmio Investidor Profissional de Arte) tem uma categoria chamada PIPA Online, que dá ao artista mais votado pelo Facebook R$ 10 mil.
O Filé de Peixe (integrado por Alex Topini, Fernanda Antoun e Felipe Cataldo) resolveu, então, criar a Bolsa de Valores da Arte.
A mecânica é simples: se você aposta no projeto deles, “O Piratão”, pode investir seu voto. Votou, vira acionista. Caso eles ganhem, todos os acionistas (votantes) passam a ter a porcentagem proporcional do dinheiro. A partir daí a pessoa tem duas opções: Retirar o dinheiro; ou ajudar a decidir a que ele será destinado.
Mas a gente sabe que, tanto na publicidade quanto na arte, não adianta ter uma ideia genial sem ter um bom produto. É por isso que vou resumir O Piratão pra vocês. Ele é quase um camelô de museu, que vende por R$ 5 desde videoartes a filmes do Buñuel. O Piratão depois virou uma Jukebox, é só escolher o filme e colocar a moeda. Pra quem quiser ouvir com as palavras dos artistas, o vídeo fica no site do PIPA (aonde também é possível votar).
Já a discussão dos direitos autorais e da popularização da arte e coisa e tal eu deixo pra vocês.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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