Os amigos Norival e Jardel se preparam para ser um dos três maiores fornecedores do agronegócio Amigos de infância criados no campo, Norival Bonamichi e Jardel Massari não são homens de meias-palavras. Quando perguntados sobre o que os motivou a fundar, em 1987, a Ourofino Agronegócio, eles admitem: “A verdade é que queríamos ganhar mais dinheiro porque nossos salários não chegavam ao fim do mês”. O fato é que no terceiro mês da Ourofino eles já haviam triplicado suas rendas e, dois anos depois, ganhavam dez vezes mais. Foi então que o perfil empreendedor passou a falar mais alto. Os sócios não pararam mais de empreender e, hoje, administram um grupo que planeja faturar R$ 1 bilhão antes mesmo de completar três décadas.
O desempenho da Ourofino é mesmo invejável. No ano passado, em meio à crise mundial, a empresa cresceu 25%, fechando o período com faturamento de R$ 221 milhões. É pouco para os planos de Norival e Jardel, que querem chegar a R$ 1 bilhão em 2015. Para alcançar a meta, eles seguem aplicando os mesmos princípios do começo do negócio: reinvestir o lucro. Pensando assim, inauguraram no primeiro semestre deste ano a Ourofino Agrociência, uma fábrica para produção de herbicidas, fungicidas, inseticidas, espalhantes adesivos e óleo mineral. A nova unidade foi construída em uma área de 250 metros quadrados em Uberaba (MG) e demandou investimentos de R$ 200 milhões. Para isso, em 2007 o grupo fez parceria com o BNDES, que detém 15% da empresa.
Entre as 150 melhores empresas para se trabalhar, a Ourofino oferece bons planos de saúde e odontologia, além de 14º salário e participação nos lucroOutro segmento na mira de Norival e Jardel é o de suplementos alimentares humanos.
“Eu me orgulho muito da época em que fui empregado”, diz Norival, tirando a carteira profissional da gaveta da mesa de trabalho. “Mas sei que eles poderiam ter feito muito mais por mim. Por isso, tenho como princípio distribuir o que ganho com quem merece.”
Bússula Empresarial
O que fazer
- Se quiser crescer, reinvista o lucro no próprio negócio. Retire apenas o necessário para ter uma vida confortável;
- Transforme os principais executivos em sócios da empresa. Aumenta o comprometimento e reduz o risco de eles irem embora;
- Faça de sua empresa um bom lugar para se trabalhar. Remunere bem seus funcionários e dê benefícios atraentes.
O que não fazer
- Não poupe investimentos em tecnologia e inovação. Para estar entre os primeiros, ofereça produtos de qualidade;
- Não ignore a realidade do seu cliente. Para vender, é preciso saber o que o mercado precisa e quais suas maiores dificuldades.
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