Natal – Pequenas empresas do setor da indústria, instaladas no eixo da região do Vale do Açu, microrregião entre Macau e Mossoró, já podem aderir ao programa Agentes Locais da Inovação (ALI). Assú se tornou o primeiro município do interior do país a receber a iniciativa, desenvolvida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte. O intuito é impulsionar o crescimento e o fortalecimento dos negócios por meio de processos inovadores.
Ao todo, 500 empreendimentos da região serão beneficiados com o programa. Desse total, 250 estão em Mossoró, 150 no Vale do Açu e os outros 100 na microrregião de Macau. O ALI pretende atender 1,6 mil pequenas empresas ligadas à produção industrial em todo o estado. Para participar do programa, o primeiro passo é o preenchimento do formulário de adesão. Em seguida, a empresa passará a receber as visitas dos agentes que atuam no projeto. O acompanhamento tem duração de dois anos.
De olho na oportunidade, o empresário do setor ceramista, Francisco Albano, já aderiu ao programa. O empreendedor produz cerca de um milhão de peças por mês, entre telhas, tijolos e lajotas, e pretende, através de diagnóstico e orientações, modernizar os processos produtivos e reduzir custos na empresa. “Quero modernizar a produção, fazendo a automatização e, com isso, diminuir meus custos. Outra coisa que pretendo fazer depois da consultoria é minimizar os danos ao meio ambiente, com o uso de fornos que retêm o calor e melhoram a produção”, explica.
O diretor técnico do Sebrae no Rio Grande do Norte, João Hélio Cavalcante Júnior, destaca a necessidade de promover a inovação como forma de manter a empresa viva no mercado. “A instituição acredita no potencial desta região e, por isso, estamos oferecendo essa ferramenta tão importante para a sobrevivência das empresas. A inovação é determinante para a manutenção da empresa no mercado”, prevê.
Dados do Cadastro Empresarial do RN (CEMP) indicam que 4,65% das empresas potiguares são indústrias, o que representa um universo de 3.037 empreendimentos, formado predominantemente por unidades de pequeno porte. No entanto, com um índice de 62%, o estado detém a quarta posição de mortalidade empresarial nos dois primeiros anos de funcionamento. “Essa mortalidade ocorre muito por falta de planejamento, mas pode ser evitada com a adoção de medidas simples, sem a necessidade, por exemplo, de grandes investimentos em recursos ou tecnologia”, avalia Marcus Vinícius Bezerra, coordenador Nacional do Programa ALI.
Para o prefeito de Assú, Ivan Lopes Júnior, “ganha o município, que recebe incentivos para seu desenvolvimento, e ganha a população, que terá mais qualidade nos serviços prestados pelas empresas. É mais uma iniciativa importante do Sebrae, parceiro dos municípios e dos empresários”, elogia.
Consultoria
Esse é o segundo ciclo do ALI no Rio Grande do Norte. Durante o primeiro ciclo, 1.560 empreendimentos do segmento do comércio no Bairro do Alecrim, em Natal, foram atendidos. O programa amplia os índices de qualidade, produtividade e competitividade das empresas atendidas, por meio de consultorias especializadas.
Os agentes identificam as carências e necessidades e indicam as soluções mais compatíveis para o desenvolvimento do negócio. Para atender às empresas, os acadêmicos recebem uma capacitação de 250 horas. Todo o trabalho é supervisionado por consultores seniores, selecionados pelo programa.
Serviço:
Sebrae no Rio Grande do Norte (84) 3616.7910
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Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7852/ 2107- 9104/3243-7851/ 9977-9529
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