Rio de Janeiro – Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, é preciso um esforço comum de governo, empresas, instituições e consumidores para a construção de uma agenda sustentável. “A mudança de comportamento é responsabilidade de todos”, advertiu durante a abertura da palestra Diálogo Internacional sobre Produção e Consumo Sustentáveis, nesta terça-feira (12), no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, na Zonal Sul do Rio de Janeiro.
O evento, parte da programação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, reuniu representantes da Associação Brasileira de Supermercados, Instituto Akatu, Associação Brasileira de Embalagem e Fórum Global de Pesquisa sobre Consumo e Produção e Consumo Sustentável (Global Research Forum on Sustainable Consumption and Production), financiado por governos, fundações e empresas privadas de diversos países.
Investimento em educação foi defendido pelo presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar, como essencial. “Parte do percentual que as empresas aplicam em publicidade poderia ser aplicada na criação de um fundo destinado à disseminação do conhecimento. Hoje, 16% da população mundial são responsáveis por 80% do consumo, o que representa 50% a mais do que o planeta suporta. Por isso, também é importante mudar a estrutura produtiva, mais concentrada em serviços do que na fabricação de produtos”, sugeriu.
Para o secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, empreendimentos coletivos têm se mostrado uma boa opção para um crescimento mais harmonioso. “A crise ambiental é um forte argumento para mudanças no padrão de desenvolvimento”.
O pensamento foi endossado pelo representante do Forum Globoal, Jeffrey Barber. “Precisamos estabelecer formas de avaliar as metas de desenvolvimento sustentável e estabelecer um modelo de monitoramento, até para conferir visibilidade às boas iniciativas locais”.
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