A OnLive é bastante conhecida por fazer streaming de jogos: eles rodam em um servidor potente, então você pode jogá-los num console próprio, ou em qualquer computador – inclusive no iPad. Além de jogos, você pode rodar o Windows e Office em quase qualquer tablet através de streaming.
Mas a OnLive parece estar em apuros.
A empresa terminou a última semana cercada de rumores: diversos funcionários seriam demitidos, e havia a possibilidade de falência. A OnLive, aos poucos, esclareceu tudo: ela foi adquirida por uma “empresa recém-formada”.
Com isso, de acordo com o Joystiq, todos os funcionários da Onlive foram demitidos em uma reunião. A empresa diz, no entanto, que “quase metade” da equipe recebeu a proposta de ser recontratado pela nova empresa.
A empresa ainda diz que todos os serviços continuam normalmente, tanto em streaming de jogos como do Windows. O que não deve ser muito difícil: uma fonte diz ao Joystiq que, em média, a OnLive tinha apenas 1.800 usuários nos serviços ao mesmo tempo. (O serviço de streaming exige uma boa conexão à internet.)
Mas por que dissolver a empresa? A OnLive confirma que realiza um processo semelhante à concordata. Isto seria uma estratégia para se proteger da falência: a OnLive transfere seus ativos para outra empresa, que fica responsável por garantir retorno a quem investiu na OnLive. Entre os investidores, estão grandes empresas como HTC, Autodesk, AT&T e outras. Mas parece que a HTC não acredita tanto nessa nova empresa: já registrou US$40 milhões em perdas apenas devido ao OnLive.
E quem comprou a OnLive? Ela diz que a Lauder Partners, empresa de capital de risco, é o “primeiro investidor”. Em nota oficial, a OnLive diz que todos os seus ativos – tecnologia, patentes, marcas registradas – foram transferidos para a nova empresa.
Apesar de exigir uma boa conexão à internet, o streaming de jogos parece ter bastante potencial: mês passado, a Sony comprou a Gaikai – concorrente da OnLive – por US$380 milhões. A LG, por sua vez, fechou acordo com a OnLive para levar streaming de jogos às suas Google TVs.
Agora a OnLive terá o difícil trabalho de se reerguir, mas já promete “novos produtos e serviços” nos próximos meses. Vamos ver se dá certo. [The Verge e Joystiq]