Às vezes a gente se depara com bandas novas que têm o dom de soar contemporâneas sem lançar mão de recursos que deixam seu som datado. O The Garlands é um bom exemplo disso, e o que se ouve aqui é um pop indie com todas as marcas registradas que esse estilo traz, sem ficar necessariamente claro que o disco foi feito agora em 2012.
E essa talvez seja uma das características mais legais da banda. Daqui a 3 anos, este disco não vai soar velho ou ultrapassado, e muito provavelmente esse vai ser um dos motivos pelos quais você vai continuar ouvindo.
Claro, nada disso teria qualquer valor não fossem as melodias deliciosas e os refrões eficazes que Roger Gunnarson e Christie Wolderth conseguem entregar. São 12 pops elegantes e muito gentis.
Gentileza é que o melhor define o som que o The Garlands faz, unindo melancolia (sem ser deprê) a uma quase inocência. É som para ouvir bem alto, num dia de sol.
Não vai mudar sua vida, não vai revolucionar gerações nem redefinir os valores da contracultura dos nossos tempos. Mas é legal.
Aliás, quaisquer maiores pretensões estão longe dos objetivos dos Garlands. Eles só querem botar um sorriso no seu rosto quando você apertar o play.
E, com muitas ideias melódicas excelentes e muita competencia, eles conseguem.
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