João Pessoa – Mostrar soluções para o desenvolvimento da cadeia produtiva leiteira, principalmente no período de estiagem, e estimular o cooperativismo. Esses são os objetivos do 2º Cooleite – Seminário da Cadeia Produtiva do Leite, em Campina Grande. O evento começa nesta quarta (28) e encerra na quinta-feira (29), no Auditório Domício Veloso da Silveira, na Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep).
No seminário, os produtores poderão trocar experiências sobre técnicas de produção de forragem. Um dos painéis será dedicado exclusivamente à produção leiteira caprina, atividade que destacou a Paraíba como um dos maiores estados produtores do Brasil.
Segundo o gestor do projeto Leite e Derivados do Sebrae em Campina Grande, Rodrigo Azevedo, haverá um amplo espaço para debates de temas relevantes para a realidade nordestina e sobre o leite de vaca e cabra. “Apontaremos problemas, mas vamos mostrar como superar desafios e encontrar oportunidades do setor”.
Rodrigo explica que o mercado consumidor tem aumentado, apesar dos problemas na produção. “Devido à ascensão econômica de várias classes sociais, há uma demanda crescente do consumo. Os produtores que mais sofrem são aqueles que não planejaram, não montaram uma alternativa para o período da seca”, diz.
Para que os bovinocultores e caprinocultores não percam tanto com as estiagens, cada vez mais a atividade tem que se profissionalizar, enfatiza Rodrigo. “Utilizar as tecnologias certas para resistir a esses períodos e produzir com qualidade é fundamental. Essa pressão do mercado para a profissionalização é constante”.
Segundo Rodrigo, um dos gargalos mais importantes está no equacionamento do suporte forrageiro, que indica se o produtor terá o alimento necessário para o rebanho. “Temos que produzir o máximo possível na propriedade e diminuir a dependência dos insumos externos, principalmente a demanda por concentrados, que encarecem o custo de produção, inviabilizando economicamente a atividade”.
Técnicas
Durante o evento, os palestrantes abordarão medidas simples que o produtor pode implantar na propriedade, como a conservação da forragem, que é o armazenamento da comida para os animais. Outra técnica ministrada será o plantio da palma forrageira como uma cultura vegetal, que requer cuidados. Espécies mais resistentes da palma devem ser as mais procuradas.
O gestor do Sebrae lembra ainda que todo tipo de solução para o setor requer tempo. “Se o empreendedor rural se prepara a longo prazo, ele consegue salvar a atividade e o rebanho”. E completa: “o Seminário motivará também o surgimento de políticas públicas que contemplem ações estruturantes para o setor. As medidas emergenciais amenizam as dificuldades, mas só servem de paliativo de um problema crônico do setor no Nordeste”.
Serviço:
Sebrae na Paraíba: (83) 2108-1218
www.pb.agenciasebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
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