Acredite, para ter sucesso, você precisa estar confortável com o desconforto. Isso é crucial ao sucesso
Em um mundo cada vez mais competitivo, cauteloso e acelerado, aqueles que estão dispostos a correr riscos, sair da zona de conforto e trabalhar no desconforto da incerteza são aqueles que irão colher as maiores recompensas.
Quando eu saí pela primeira vez de casa, rumo à São Paulo, tinha 23 anos. Olhando hoje eu acho que estava novo.
Mas, se compararmos esse hábito ao hábito em outros países, em que os pais se separam dos filhos aos 18 anos, eu já estava bem maduro para isso. Ou não.
Isso me deixou parte muito animado, parte aterrorizado, mas totalmente fora da minha zona de conforto. Hoje, um pouco mais experiente e velho, eu entendo que nenhuma aspiração ou sonho pode ser realizado dentro da nossa zona de conforto.
E, por isso, sou muito agradecido à São Paulo pela acolhida e pelo amadurecimento forçado.
Apenas desistir da segurança daquilo que conhecemos pode nos ajudar a criar novas oportunidades, construir novas influências e entender o valor de estar fora da zona de conforto.
Ao fazermos isso, vamos expandir o perímetro de nossa zona de coragem e nossa tolerância para assumir desafios maiores no futuro.
Essa é uma visão que foi reforçada através da entrevista com líderes talentosos em uma ampla variedade de campos enquanto Margie Warrell fazia pesquisas para o seu livro, “Stop Playing Safe”.
Enquanto cada líder forjou seu caminho para o sucesso, o traço comum de sabedoria entre eles foi que no atual mercado competitivo que vivemos, nunca podemos esperar alcançar o sucesso, a menos que estejamos dispostos a aceitar a mudança e arriscar o desconforto do fracasso.
Resumindo, devemos estar dispostos a nos sentir confortáveis com o desconforto envolvido na tomada de riscos.
Um desses líderes foi Lori Garver, que trabalhou seu caminho pela indústria aeroespacial dominada por homens a partir de um papel de assistente administrativo até se tornar diretor da NASA.
Como tantas outras pessoas bem-sucedidas, Lori sempre foi mais influenciada por aquilo que inspira do que aquilo que assusta.
Ela está sempre disposta a desafiar suposições, e empurrar os limites da possibilidade. Ela nunca deixa o medo da incerteza para ir além dos limites da sua zona de conforto e expandir sua confiança para correr riscos, experimentar coisas novas, falar e agir com coragem.
Embora seja fácil supor que Lori está coberta com uma carcaça psicológica, a realidade é que ao longo do seu caminho para o sucesso, ela experimentou inúmeros contratempos, juntamente com milhões de críticas.
Ela só não deixou o medo segurá-la e impedi-la de agir.
A verdade é que, ao longo de nossa carreira, temos que avaliar continuamente se estamos deixando o nosso medo do fracasso, ou estamos fraquejando diante das decisões que vão nos impulsionar para frente.
Temos que decidir:
- Posso continuar fazendo o que sempre foi feito, ou desafiar velhas suposições e tentar novas abordagens para os problemas?
- Eu proativamente busco novos desafios ou apenas gerencio aqueles que já estão lá?
- Eu corro o risco de ser exposto e ficar vulnerável, ou ajo para proteger meu orgulho com o poder?
- Eu sei o que eu realmente quero, ou apenas o que eu acho que os outros vão me dar?
- Eu mostro a minha capacidade para garantir que os outros saibam o que eu sou capaz de fazer, ou apenas espero que meus esforços sejam notados?
- Eu falo o que penso ou engulo as minhas ideias para não ter que me sujeitar às críticas?
Claro, estar disposto a correr riscos não significa que tudo que você tentar vai dar certo.
Mas, como cada pessoa bem-sucedida irá lhe dizer, a disposição de cometer erros e tentar algo novo pode leva-lo a fazer mais do que aquilo que já foi feito antes.
Muitas vezes deixamos os nossos erros nos definirem. No entanto, como Dr. Martin Seligman, fundador do Positive Psychology afirmou,
Não são as nossas falhas que definem o nosso sucesso futuro, mas como podemos podemos explica-las a nós mesmos.
Da mesma forma, se você soubesse que não importa o que aconteceu, você poderia lidar com isso, quais ações você tomaria que não está tomando agora? Que conversas você deveria se envolver e está adiando?
Pense nos próximos 10 anos e sobre a vida que você quer ter. Então, o que você vai fazer? Com quem? Quem você quer se tornar durante esse processo?
Daqui a 10 anos vão haver pessoas que alcançaram o sucesso extraordinário. Enquanto não sabemos o que essas pessoas vão ser, uma coisa é certa: elas não serão pessoas presas à zona de conforto.
Ao contrário, elas serão as pessoas que continuarem arriscando, mesmo quando as coisas estão indo bem, e que estão dispostas a falhar ou arriscar, sabendo que o maior risco que assumem e não correr risco nenhum.
A pergunta que precisa ser respondida é: você será uma dessas pessoas?
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Este artigo foi adaptado do original, “Why Getting Comfortable With Discomfort Is Crucial to Success”, da Forbes.