Como produzir conteúdo em uma era em que as pessoas não consomem mais conteúdo no computador?
Vivemos a era pós-PC. Diariamente, mais e mais pessoas estão migrando para tablets e smartphones como os principais dispositivos de consumo de conteúdo na web.
Em 2012, vimos 600 milhões de pessoas utilizarem os dispositivos móveis para fazer pesquisas.
A previsão para 2013 e 2014 é que o uso de navegação móvel irá superar todos os dispositivos.
Esta transformação faz com que os websites e os profissionais envolvidos na criação percebam a necessidade de falar para milhares de telas diferentes, com diferentes tamanhos e características.
É por isso que o design responsivo entrou em jogo: telas fluidas, flexíveis, imagens e outros elementos que tornam o website legível em qualquer dispositivo, seja ele um smartphone, um tablet, um notebook, ou PC.
Enquanto os designers e desenvolvedores trabalham para encontrar o equilíbrio perfeito entre a usabilidade e a adaptabilidade, nós, os escritores, redatores e todos os tipos de produtores de conteúdo, precisamos repensar em como essa mudança afeta a maneira com que planejamos e produzimos conteúdo.
Renda-se à realidade dos multi-dispositivos
Existem alguns fatores que os produtores de conteúdo precisam levar em conta na era pós-PC.
No entanto, em primeiro lugar, é preciso desenvolver uma mentalidade. Devemos aceitar o fato de que a forma como a nossa redação será consumida não está totalmente sobre nosso controle.
Os dias em que poderíamos produzir fielmente nossos pensamentos e ideias em uma única identidade não existem mais.
Os artigos, ideias e livros que produzimos teve apenas uma versão, um olhar, uma representação.
A tecnologia agora nos ajuda a espalhar nossos pensamentos mais rápido e mais fácil do que nunca. Isso acontece através de uma grande variedade de dispositivos com características diferentes.
Então, vamos abrir mão do controle sobre as nossas palavras e começar a entregar o que produzimos em uma realidade multi-dispositivo.
Parágrafos à prova de encolhimento
Uma das coisas mais óbvias que acontece quando o navegador se adapta ao tamanho do smartphone ou tablet é que o texto encolhe.
Na verdade, é preciso pensar cuidadosamente sobre o comprimento de seus parágrafos, que em 6 ou 7 linhas no computador pode se transformar em um bloco de texto ilegível nos dispositivos móveis.
Portanto, é preciso criar parágrafos curtos: 20 a 30 palavras, ou 300 a 400 caracteres. Esse é o estado-da-arte de um parágrafo.
A quebra de parágrafo nos dispositivos móveis podem tornar o conteúdo produzido massante.
Usar ou não usar a tag <br>
Adicionar uma pausa em um conteúdo pode ter consequências negativas. No título por exemplo você pode definir o número de linhas através da função <br>, de quebra de página.
E sobre o mesmo título em um tablet? Pense em como a mesma função de quebra de parágrafo irá se comportar em outro dispositivo.
Como ele vai quebrar o texto? O resultado final será satisfatório?
A regra geral é: evite quebras desnecessárias que podem produzir resultados inesperados.
Cuidado com a quebra entre linhas. Ele pode jogar contra o seu website.
Converse com os dispositivos
Há algo mais que os produtores de conteúdo devem levar em conta: os leitores dos diferentes dispositivos estão em diferentes estados de espírito.
Até agora, enfrentamos problemas de formatação, mas o que as nossas mensagens estão transmitindo?
O conteúdo em si deve adaptar-se às pessoas em diferentes situações. Para uma revista online, isso pode significar apresentar histórias mais curtas para os leitores de smartphones.
Já um website acadêmico poderia fazer trabalhos em profundidade para os usuários de tablet.
O próprio Google prefere que o projeto do website seja responsivo, ao invés de redirecionar o usuário para uma versão mobile.
Então, para estar de acordo com as boas práticas do Google e permitir a facilidade de navegação em navegadores móveis, temos que ajustar a forma com que nosso website apresenta as informações.
Estrutura é tudo
Para websites que lidam com uma grande quantidade de conteúdo, uma boa estratégia é necessária para criar um excelente experiência de usuário multi-dispositivo.
Sarah Wachter-Boettcher mostrou o caso do website do Starbucks. Ficou claro que o call to action nas páginas dos produtos não era visível o suficiente porque naquela época a coluna direita simplesmente não aparecia na versão mobile.
Não estamos falando apenas do ambiente em que o conteúdo será consumido, mas também sobre o humor do conteúdo.
Todos os tipos de conteúdo podem ser tratados da mesma forma?
Se sabemos exatamente quais são os nossos tipos de conteúdo, podemos dividi-los em unidades microestruturais e outros elementos que criam uma coreografia perfeita com eles, preservando o objetivo do conteúdo.
Agora é a sua vez
Toda essa onda de design responsivo é muito nova e, provavelmente, dezenas de ideias surgiram na sua mente ao ler esse artigo.
Quais dicas você pode compartilhar com outros produtores de conteúdo na era pós-PC?
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Este artigo foi adaptado do, “How to Write Copy in the Post-PC Era”, da KISSmetrics.
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