Como medi-las? Como ensiná-las? Como conquistá-las? Como elevá-las? Como? Como? Como? Há muitos anos este desafio me provoca: o de passar a valoração da vontade e da determinação. O tempo passa e sempre me pego pensando neste assunto, principalmente nos momentos em que sou exigido pela vida.
Sempre procurei encontrar analogias capazes de explicar com rapidez e eficácia os aprendizados e habilidades que desenvolvi neste terreno, mas esse desafio em especial me provoca, pois raras vezes consegui grandes êxitos na transformação das pessoas nesse sentido.
Encontrar referências é um bom caminho na tentativa de medir o nível das coisas abstratas. Nesse sentido e pela dificuldade encontrada, recorri a assuntos com referências extremas.
Até onde você suporta a dor à espera da cura? Provavelmente, a grande maioria responderia: até o fim. Por maior que seja a dor, jamais você vai antecipar a morte a não sofrê-la.
A determinação verdadeira beira um paralelo semelhante à comparação anterior. Em minha vida, assisti a demonstrações de determinação, que colocarão o maior dos meus referenciais no chão, como se tudo o que acreditamos fosse ínfimo diante dos exemplos.
Na grande maioria dos seres humanos, é normal escutarmos as vontades emitidas por vãs palavras: eu quero isto, eu quero aquilo. Mas quais são as que realmente se curvam a abrir mão dos prazeres fúteis, dos confortos recebidos, das facilidades alcançadas?
Podemos, sim, utilizar o tempo da maneira que decidirmos; podemos, sim, ter o livre arbítrio. Podemos tudo, e por esta dádiva acabamos por nos achar previamente competentes, convictos de nossas escolhas, pois estamos lá, vivos. Aí eu questiono: E daí? Quem é você realmente? O que faz? Para quem faz? Quem precisa de você? Quem depende de você? O que faz com que as pessoas o valorizem? Onde acha que vai realmente chegar? O que à sua volta está mostrando o contrário? Quais foram as suas reais conquistas até agora?
E agora?
Compreende o que deve ser a real vontade, a determinação obstinada? As necessidades para se alcançar um lugar ao sol?
Olhe bem dentro de você e encontre esta força vital, aquela que dá orgulho, aquela que faz enfrentar montanhas, aquela que impulsiona você aos lugares almejados.
Isso tudo não é um acontecimento, é um processo de longo prazo, uma construção de tijolinhos diários, ininterruptos, focados, decididos, suados.
Se você quer mesmo, faça por merecer. Vá aos limites e crie o seu diferencial. Vencer é somente uma consequência dos esforços.