Há alguns dias, a BBC declarou que a Copa deste ano será o evento de futebol mais high-tech de todos. De fato, se em 2010 a FIFA resistia em usar soluções tecnológicas nos jogos, este ano vemos um uso maior delas – dentro e fora do campo. Vamos a elas.
Câmeras
No que se trata de tecnologia, a maior diferença entre os jogos de 2010 e 2014 é o uso do GoalControl. Em cada estádio, 14 câmeras de alta velocidade – que capturam 500 imagens por segundo – ficam posicionadas ao redor dos dois gols, e calculam a posição da bola a cada dois milissegundos. O árbitro é então avisado do gol através de um relógio de pulso inteligente, que mostra “GOAL” e vibra quando a bola entra.
Este é o primeiro sistema de detecção na linha do gol a ser usado em uma Copa, depois de uma polêmica nos jogos de 2010. Um chute de Frank Lampard, da Inglaterra, ultrapassou por quase meio metro a linha do gol, mas o bandeirinha não viu – e a Alemanha ganhou o jogo. Numa partida entre Argentina e México, ocorreu o contrário: um jogador impedido marcou gol, que foi validado pelo juiz.
Joseph Blatter, então cético quanto ao uso de tecnologia em eventos oficiais, acabou cedendo. O sistema GLT, que determina se a bola entrou no gol, foi testado e aprovado no Mundial de Clubes em 2012, e ano passado na Copa das Confederações.
Também teremos nos jogos a Spidercam, a ser usada pela primeira vez em uma Copa: suspensa por cabos, a câmera se movimenta sobre o campo para mostrar diferentes ângulos do jogo. Os cabos permitem prendê-la acima do campo, criando uma espécie de teia de aranha (daí vem seu nome). A Spidercam foi criada pelo austríaco Jens Peters e inspirada nos capacetes dos Stormtroopers de Star Wars.
Vigilância
O governo federal investiu R$ 1,9 bilhão em CICCs (Centro Integrado de Comando e Controle), que monitoram as ruas 24 h por dia – e não só ao redor de estádios. Esses locais centralizam informações de diversos órgãos – polícia, bombeiros, trânsito – e de câmeras e equipes espalhadas pela cidade.