Palmas – Programa que leva um profissional capacitado pelo Sebrae para atuar dentro das empresas, os Agentes Locais de Inovação (ALI) vão atender 25 mil negócios de micro e pequeno porte em 2012. Dois anos após a implantação do ALI, 15 mil empresas já receberam os serviços gratuitos de 450 agentes em 24 estados e no Distrito Federal. No ano que vem, serão 1.059 agentes no País, mais que o dobro do número atual. De 2012 a 2015, o Sebrae vai investir R$ 300 milhões na iniciativa.
“Esse programa é uma aposta do Sebrae muito importante. Ele nos ajuda a fidelizar nossa clientela e é um canal de distribuição do conceito de inovação, uma forma de estar mais perto das pequenas empresas, respeitando as diferenças de cada uma”, afirma o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.
A missão do ALI é mostrar ao empresário que ele pode introduzir técnicas de inovação em seus negócios. Um dos ensinamentos mais importantes, na opinião do agente André Camargo, que há um ano e sete meses atende micro e pequenas empresas de Porto Velho, é que mesmo o pequeno negócio pode investir em políticas de recursos humanos dentro de suas empresas. “Eles têm de ter estratégias que motivem os funcionários, para que atendam bem seus clientes”, explica o profissional, que trabalha com 50 empresas.
Os agentes são recém-graduados capacitados pelo Sebrae. Recebem bolsa de R$ 2,4 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com a orientação de profissionais especializados, fazem visitas às empresas, prioritariamente as pequenas, que faturam entre R$ 240 mil e R$ 2,4 milhões por ano. Nelas, avaliam o grau de inovação e oferecem soluções de acordo com as necessidades de cada empreendimento. Depois, fazem o acompanhamento da implementação das sugestões oferecidas ao empresário.
“O ALI é o agente que apresenta programas como o Sebraetec e o Sebrae Mais, que leva inovação e tecnologia à pequena empresa. Resolve vários problemas e testa programas e produtos. Verifica se estão fazendo o efeito que desejamos”, ressaltou o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos.
No início, há resistência de alguns empresários, segundo a agente Glenda Lima de Abreu, que atende 29 empresas de Rio Branco. “Às vezes, resistem em aceitar sugestões. Temos que insistir, mas, depois que implementam, as melhorias são visíveis”, conta. Entre as ideias que mais sugere estão a mudança de layout da empresa, melhorias no controle de estoque e de custos e técnicas de merchandising.
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