Brasília – Quem visita o ateliê de patchwork Harmonia em Cores tem a impressão de que encontrou um lugar especial, com pessoas bem-humoradas, lindos trabalhos artesanais coloridos e muita organização. A proprietária do negócio, Cláudia Soares, é apaixonada pelo que faz. “Ainda tenho a primeira revista que li sobre o assunto”, relembra. Tanta dedicação tem como resultado a presença crescente de alunas nos cursos oferecidos pela empresa. A agenda do ateliê já está com todos os horários preenchidos e existe até uma lista de espera. É uma prova de que o negócio está a pleno vapor.
Cláudia recolheu muitas informações e adquiriu experiência antes de investir na própria empresa. Mineira de Belo Horizonte, deixou a cidade natal há 17 anos para acompanhar o marido militar pelo país. Até chegar a Brasília, passou por São Paulo, Iaoritê (AM) e Joinville (SC), sempre aprendendo sobre patchwork por onde passava. Foi no Distrito Federal, porém, que começou a dar aulas e montou seu ateliê, que já funciona há quatro anos. “Aprendi na capital paulista as técnicas e, com o tempo, fui me especializando. Em Brasília, percebi que abrir um espaço dedicado a isso seria um bom negócio”, conta.
A mineira tinha como sonho montar uma empresa no bairro Sudoeste, com cursos e produtos relacionados a patchwork, mas de maneira mais sofisticada. Para colocá-lo em prática, não poupou esforços e teve que se virar até mesmo na limpeza. “Durante mais de três anos cuidei de tudo sozinha, até faxina eu tinha que fazer depois do expediente”, revela. Com o sucesso do negócio, foi necessária a contratação de uma auxiliar, que é o braço direito de Cláudia também nas aulas que ministra.
A formalização como empreendedora individual (EI) veio acompanhada de cursos e consultorias no Sebrae no Distrito Federal. “Desenvolvemos a identidade visual e a papelaria básica da empresa. Além disso, criamos o site do ateliê, que o tornou conhecido na região e aumentou a demanda por cursos. Não mudamos o ponto nem o público-alvo, apenas promovemos a empresa para que os clientes pudessem vir até aqui”, conta Jorge Adriano, analista da instituição. Para Jorge, muitas vezes uma empresa só precisa de um olhar diferente para dar certo ou crescer ainda mais.
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