Salvador – Região marcada por veredas e inspiradora para os moradores. É esse o ambiente do Assentamento Rio de Ondas, zona rural de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. E é na Vila Quatro que funciona há sete anos a Associação Caliandra Artesãos do Cerrado e Agricultura Familiar, que reúne 28 artesãos, a maioria mulheres. Elas aproveitam sementes do Oeste da Bahia, a exemplo do buriti e jatobá, para fazer biojoias, como colares, brincos, pulseiras. O capim dourado também é usado no artesanato para confecção de chapéus e relógios. Tudo vem da terra e é reinventado pelas mãos das artesãs.
A associação tem sede própria e conta com equipamentos que dão agilidade e precisão ao trabalho, conquistas obtidas graças a financiamentos. A credibilidade que as artesãs têm junto aos bancos facilita o ingresso em programas de linha de crédito. Com o nível profissional que atingiu, o grupo passou a receber mais encomendas. Consequentemente, a renda de cada associada melhorou. A presidente da associação, Nice Costa, conta que vem investindo no bem-estar da família. “Com o que ganho na associação compro eletroeletrônicos e melhoro a alimentação em casa. Até comprei duas vaquinhas para minha propriedade”, comemora.
As encomendas que as artesãs recebem vêm de cidades da Bahia, de outros estados do país e do exterior, de países como Japão, África do Sul e Inglaterra. Para 2013, a expectativa é grande. A coordenadora de atividades artesanais em Luís Eduardo Magalhães, Rosa Schwanke, explica que como as artesãs também são da agricultura familiar foi negociado com a prefeitura para que elas forneçam a merenda das escolas municipais. “Elas têm ampliado a variedade de produtos oferecidos e também trabalham com alimentos. É mais um serviço agregado”.
Hoje, as artesãs têm o produto bem padronizado. Desde o início da associação, contam com a parceria do Sebrae. Para chegar ao atual design dos produtos, elas tiveram o acompanhamento de uma consultora da instituição, que identificou as sementes da região como matéria-prima e definiu o que poderia ser produzido a partir dos produtos da terra. Para o coordenador do Sebrae em Barreiras, Emerson Cardoso, as capacitações oferecidas vão desde a padronização dos produtos ao controle do capital e aprimoramento das técnicas de comercilaização. “O contato com a consultoria do Sebrae proporciona conhecimento e incentiva as participantes a aperfeiçoarem as peças produzidas e a relação com o mercado consumidor”.
A qualidade tem feito a associação participar de feiras e desfiles importantes. A artesã Josefa Oliveira sente-se orgulhosa de poder apresentar o que faz com as próprias mãos em eventos de destaque nacional. “Quem compra nossos produtos se encanta também pelo valor cultural que possuem e isso só nos estimula a levar nossa arte a lugares cada vez mais distantes”. A artesã Susana é a mais nova da turma. Deixou pra trás a profissão de pizzaiola e foi trabalhar em uma fazenda perto do assentamento – lá conheceu o trabalho da associação. “Percebi que posso crescer bastante trabalhando associada”.
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