Rio de Janeiro – Transformar garrafas PET, latas de alumínio e tetrapak em máscaras, colares e tiaras de carnaval. Essa proposta de negócio foi feita aos grupos cariocas Mães da Maré, Criando Arte e Mulheres do Salgueiro por uma multinacional de refrigerante. Os brindes serão distribuídos entre os convidados para o desfile das escolas de samba do Grupo Especial e os artesãos vão mostrar sua arte no camarote da empresa.
“A economia criativa é um dos segmentos em que o Sebrae aposta muito, pelo potencial de negócios que representa para os empreendedores. E um evento como o Carnaval do Rio de Janeiro possibilita uma excelente oportunidade de exposição do trabalho dessas pessoas”, afirma o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.
Fechar um contrato comercial com uma empresa desse porte só foi possível graças à formalização dos grupos de artesãos. Foram encomendadas 150 máscaras de tetrapak forradas com tecido às cerca de 20 trabalhadoras do Mulheres do Salgueiro, de São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Desde sua criação em 2006, o grupo contou com capacitação e apoio do Sebrae no Rio de Janeiro e do Instituto Gênesis, incubadora da Pontifícia Universidade Católica (PUC). No ano passado, o Mulheres do Salgueiro se formalizou como microempresa, o que permitiu ao grupo vender para lojistas. Em encomendas menores e pontuais, o grupo usa o registro de Empreendedor Individual (EI) da artesã Geisa Oliveira Gomes. “Fizemos lembranças para essa mesma empresa em um evento de rock e agora recebemos mais essa encomenda no carnaval. Parece pouca quantidade, mas representa muito para nós, porque mostra que nosso trabalho tem valor”, diz Geisa.
Alívio é a palavra usada por Léa Almeida Rocha Sena, desde que conseguiu se formalizar como EI. Ela é a líder do Criando Arte, da Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, e conta com o envolvimento de sete pessoas da própria família. O grupo trabalhou na criação de 150 tiaras feitas a partir de garrafa PET. “Também procurei o Sebrae daqui para me ajudar e tive todo o apoio. Sempre gostei das coisas certinhas e tinha muito medo da fiscalização”, explica Léa.
A índia pataxó Twri, uma das 17 integrantes do grupo Mães da Maré, bairro da zona norte da cidade, vai ver o seu trabalho – colares de PET, com argolas entremeadas com tecido – enfeitando os foliões no carnaval. E, ainda por cima, com direito a camarote no desfile das escolas de samba. “Sempre achei que iria enfrentar muito tumulto, então, via o desfile pela televisão mesmo. Mas, acho que deve ser uma coisa grandiosa! Como o nosso trabalho também, viu?”, brinca.
Visibilidade
A encomenda para o carnaval foi feita pela parceria que o Coletivo Coca-Cola – projeto de geração de renda e estímulo ao empreendedorismo – mantém com a Rede Asta, que promove a comercialização de 38 grupos. A rede reúne mais de 700 artesãos através do site www.asta.org.br. “Procuramos conferir visibilidade ao trabalho dos produtores e aproximá-los dos consumidores. Muitos grupos que fazem parte do instituto já foram indicados para o Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato. Esse é um dos indicadores positivos da estreita relação que temos com a instituição no Rio de Janeiro para a capacitação e formalização dos artesãos”, explica a coordenadora do Núcleo de Apoio ao Produtor do Asta, Ângela Krugel.
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