Salvador – Carlos Biquera, 54 anos, trabalha com arte desde adolescente. Conhecido por suas Belas Negras Baianas, esculturas feitas a partir de aproveitamento de resíduos, é um dos 32 artesãos que participaram da Feira do Empreendedor da Bahia, que terminou no último sábado. “Foi a primeira vez que participei. Trouxe 110 ‘neguinhas’ e vendi tudo”, comemorou.
Os artesãos venderam juntos cerca de R$ 30 mil durante a feira. O resultado é positivo porque muitos produtos têm preços baixos. “Os artesãos estão satisfeitos. O setor é visto como economicamente viável”, explicou a coordenadora do Espaço de Economia Criativa, Luciana Santana.
Os artesãos que participaram da Feira do Empreendedor são vinculados ao Instituto Mauá. “Essa parceria com o Sebrae na Bahia é uma mão na roda porque oferece boas oportunidades de negócios. Eu só tenho que agradecer pelas portas que me abriram”, diz Carlos Biquera. O artesão criou suas personagens há mais de dez anos e hoje emprega oito pessoas. “Eu treinei meus funcionários. São famílias que vivem desse trabalho”, orgulhou-se.
A artesã Maria Cristina Santos expôs biojoias feitas em osso, coco e chifre. “As vendas foram boas, mas o que mais fizemos foi divulgar o nosso trabalho, que está muito bem aceito. Muitos lojistas pegaram nosso contato”, festejou.
Segundo a consultora do Sebrae, Fátima Seabra, é importante destacar a mistura entre o tradicional e a inovação nos trabalhos expostos. “Temos inclusive aproveitamento de materiais, o que se relaciona com o evento na questão da sustentabilidade, da reciclagem”, disse. A visitante Vera Lúcia Boaventura ficou satisfeita com o que encontrou. “Achei as bijuterias bonitas e de qualidade. Aliás, todos os artesanatos aqui têm um bom acabamento” destacou.
Serviço
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