Goiânia – De uma coisa elas tinham certeza: seriam donas do próprio negócio. Mas, mesmo com a decisão em mente, Mariana Meireles Ruas, 25 anos, e a tia, Luciana Ruas Aidar, 38, sequer sabiam com que produto trabalhariam. “Nós tínhamos esse sonho, mas como acontece com muita gente, nos sentíamos perdidas sobre o percurso necessário para concretizar o próprio negócio”, relembra Mariana. Há uma ano elas são proprietárias da Duplax Descartáveis.
Antes de investir na empresa, elas procuraram o Sebrae em Goiás. Luciana participou do Empretec, que desenvolve comportamentos empreendedores nos participantes, enquanto Mariana buscou outros cursos de comércio do sistema. “Nosso foco era nos preparar. Pedir ajuda foi decisão imediata e muito acertada”, conta a Mariana. “Todo mundo acha que é só começar que as coisas acontecem, mas quando sentamos à mesa para por tudo no papel, percebemos o quanto é complicado. Tem de fazer plano de negócios, entender o que é o comércio”, afirma.
A oportunidade surgiu em uma conversa informal com o proprietário da franquia goiana da rede de fast food QG Jeitinho Caseiro. O empresário reclamou das dificuldades para se conseguir guardanapos. Ele disse que não encontrava a qualidade que queria, além de pagar caro pelo transporte. Mariana afirma que nunca tinha imaginado que esse seria o ramo ideal para investir, mas percebeu a oportunidade.
Unindo os conhecimentos que adquiriram sobre empreendedorismo com o capital que haviam acumulado, conseguiram comprar uma máquina à vista e outras duas financiadas. Um dos cômodos da casa da família foi transformado em sala de produção. Mas, antes de fechar negócio com os fornecedores, Mariana visitou fábricas em São Paulo (SP), onde recebeu valiosas orientações, inclusive sobre o mercado consumidor. “Não sabia nem ao certo o quanto deveria cobrar pelos produtos e lá tive essa e outras respostas”, conta.
A empresa comercializa, semanalmente, aproximadamente 400 mil guardanapos para restaurantes, hotéis e lanchonetes e tem clientes, inclusive, no Distrito Federal e em Minas Gerais. O lucro veio no nono mês de operação. As contas custaram a sair do vermelho, mesmo com a rede QG comprando 70% do que produziam. Para elas, foi crucial terem outras fontes de renda. Mariana era funcionária pública estadual e Luciana, gerente de marketing de uma empresa. “O segredo foi não esperar que o nosso sustento saísse de imediato da Duplax”, ressalta Mariana. Com as contas no azul, as duas sócias abandonaram os empregos antigos e se dedicam totalmente ao empreendimento. Contrataram mais três colaboradores e aumentaram a estrutura para dar conta das encomendas.
Mão na massa
Ser empresária, para elas, não é sinônimo de vida fácil. “Ainda que tenhamos colaboradores, nunca deixamos de trabalhar na produção. Pego meu carro, encho de caixas, faço entregas, sei mexer nas máquinas e até consertá-las. O importante é o envolvimento de verdade com o que você oferece”, afirma Mariana, que admite ter se surpreendido com o número de empresas do ramo em Goiânia. “Achávamos que encontraríamos menos concorrência, mas isso é saudável. Nós garantimos a nossa qualidade”, orgulha-se.
Com o crescimento da demanda e os elogios ao acabamento dos produtos, elas pretendem alçar voos mais altos. “Além de já usarmos nossa logomarca nos saquinhos, visamos, agora, à personalização dos clientes, sempre utilizando a melhor matéria-prima, para entrarmos no mercado de luxo, produzindo para festas de casamento, formatura etc”, planeja.
Serviço:
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