Campo Grande – Após passar 60 horas ao longo de seis dias em um seminário intensivo de capacitação empresarial, o administrador Flávio Pereira tomou importantes decisões: buscar ainda mais conhecimento, por meio de um MBA em Agronegócios, e abrir uma empresa com foco sustentável na cidade de Campo Grande (MS), junto com seu irmão Ricardo. “Há alguns anos, o empírico era distante do científico. Mas o Empretec veio para juntar os dois, trazendo uma linguagem teórica simples e aplicável no dia a dia da empresa com precisão. Foi o que me ajudou a analisar o mercado e investir no negócio”, afirma Flávio.
Elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e aplicado exclusivamente no Brasil pelo Sebrae, o Empretec está presente em mais de 30 países. O principal objetivo do seminário é aperfeiçoar o comportamento empreendedor do participante, abordando temas como iniciativa, busca de oportunidades, comprometimento, eficiência, riscos calculados, rede de contatos, planejamento; entre outros.
Desde 2005, a Organoeste transforma resíduos em adubo e fertilizantes orgânicos compostos, utilizados na recuperação de solos degradados e no cultivo de alimentos. Segundo pesquisa da Embrapa, em todo o estado metade dos 18 milhões de hectares de pastagens está degradada. A empresa possui atualmente 600 clientes. A maioria dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul adquirem o produto, que não agride ao meio ambiente, para a produção de grãos e formação do pasto.
Os produtos da Organoeste são feitos à base de resíduos vindos principalmente de 30 empresas, entre restaurantes, fábricas, frigoríficos e propriedades rurais. Ao todo, é recolhida por mês uma média de duas mil toneladas de resíduos orgânicos, que geram até 1,5 mil toneladas de adubos. “Sou apaixonado pelo que faço. Sem a gente, esse tanto de lixo seria gerado do mesmo jeito, mas teria outro destino”, ressalta o empresário.
O lixo coletado é misturado ao bio-extrato de nome científico HSNI, conjunto de bactérias, fungos, leveduras e outros organismos vivos, que aceleram o processo de compostagem, realizado a céu aberto, sem a geração de chorume ou emissão de gases de efeito estufa. A ação dura 15 dias, enquanto por métodos convencionais o prazo varia entre dois e três meses.
A biotecnologia é patenteada por Sérgio Massao Watanabe, diretor do Grupo Organoeste, que a fornece para outras empresas licenciadas, de mesmo nome, em todo o país. Começou a ser desenvolvida no Japão e foi finalizada no Brasil, com a ajuda da Universidade de São Paulo (USP). “Sempre procuro o Sebrae para consultorias em projetos. Hoje, com todo esse conhecimento, somos agentes da logística reversa da matéria orgânica no estado”, garante Flávio. Isso porque, na prática, devolve-se de forma benéfica ao meio ambiente parte daquilo que dele foi retirado por meio de atividade humana.
Serviço:
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