Aracaju – O modelo de produção de hortaliças orgânicas desenvolvido nos Assentamentos Rosa Luxemburgo e Paulo Freire II, na cidade de Estância (SE), despertou a atenção de um grupo de estudantes do curso de Agroecologia do Instituto Federal de Sergipe. Eles participaram de uma aula prática em duas unidades produtivas na região e conheceram as técnicas utilizadas pelos agricultores durante o plantio.
Os produtores rurais dos assentamentos recebem apoio do Programa de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), iniciativa coordenada pelo Sebrae em Sergipe, Fundação Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além de oferecer uma nova alternativa de trabalho e renda para a agricultura familiar, o programa tem como foco o respeito ao meio ambiente e aos hábitos e costumes da população, utilizando técnicas que conhecidas no meio rural.
A ideia é produzir alimentos sem o uso de qualquer tipo de agrotóxicos, aliando a criação de animais à produção vegetal, preservando a qualidade do solo e das fontes de água e incentivando o associativismo. O programa começou a ser desenvolvido no Rosa Luxemburgo em dezembro de 2011 e, desde então, beneficia 15 famílias do Movimento dos Sem Terra (MST). No Assentamento Paulo Freire, seis famílias são atendidas pelo Pais.
“O Pais é um dos modelos mais bem-sucedidos de agricultura orgânica no país e é importante mostrar aos estudantes os resultados dessa iniciativa”, explica o professor Jorge Tavares. O processo consiste na presença de um galinheiro central e três círculos de hortas em uma área de cinco mil metros quadrados. No local, também é instalada uma caixa d´água para garantir a irrigação do terreno, por meio da técnica de gotejamento, em que a água é vagarosamente fornecida a uma área específica, próxima às raízes da planta.
A escolha das espécies a serem plantadas leva em conta as condições de produção e comercialização. A presença do galinheiro garante a integração dos animais com o cultivo das hortaliças, facilitando a utilização dos estercos das aves para enriquecer o solo e o uso das sobras dos plantios para alimentar os animais. Todo o processo de montagem da estrutura é acompanhado por técnicos do programa.
De acordo com agricultor José Valter de Jesus, a visita dos estudantes permitiu a troca de experiências sobre a agricultura orgânica. “Eles têm o conhecimento científico e nós temos o prático. Acho que esses encontros são bons para adquirir novas informações e avaliarmos o nosso sistema de trabalho”.
Serviço:
Sebrae em Sergipe (79) 2106.7758
www.se.agenciasebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
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