São Paulo – O faturamento real das micro e pequenas empresas paulistas aumentou 15,3% em outubro ante o mesmo mês de 2011, segundo a pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae em São Paulo. Foi o maior crescimento para um mês de outubro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde 1998, quando teve início a série histórica do estudo.
Por setores, o Comércio apresentou o melhor resultado, uma alta de 20,9%, seguido da Indústria, com crescimento de 15,8%, e Serviços, com elevação de 7,7% na mesma base de comparação. Na comparação de outubro com setembro deste ano, a receita real (já descontada a inflação) dos pequenos negócios do estado aumentou 7,9%. Pesaram nesse comparativo os três dias úteis a mais de outubro.
A pesquisa do Sebrae em São Paulomostra que os empreendimentos paulistas de micro e pequeno porte registraram receita total de R$ 47,5 bilhões em outubro, o que representa uma elevação de R$ 6,3 bilhões ante outubro de 2011 e R$ 3,5 bilhões a mais do que em setembro deste ano.
“O desempenho positivo do consumo no mercado interno, favorecido pelo desemprego em baixa e pelo aumento na renda do trabalhador, puxou o resultado dos pequenos negócios paulistas”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae em São Paulo, Bruno Caetano. Em outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego ficou em 5,3%. No mesmo mês de 2011, estava em 5,8%.
Por regiões, as micro e pequenas empresas do ABC tiveram o melhor desempenho: o faturamento cresceu 26,3% em outubro ante a mesma época de 2011. Na sequência está o município de São Paulo com alta de 20,6%, e em seguida a região metropolitana da capital, com aumento de 16,5%, e o interior, com 14,1% a mais na receita real.
A pesquisa do Sebrae em São Paulo detectou ainda que, em novembro, os donos de micro e pequenas empresas paulistas esperam estabilidade no faturamento nos próximos seis meses. O maior grupo, 50%, acredita em manutenção desse indicador ante aos 47% de 2011. Já 37% têm expectativa de aumento na receita real, 5% falam em piora nos resultados e 7% não sabem dizer como será o desempenho do seu negócio.
Expectativa
A maioria dos empresários, ou 56% deles, também aposta na manutenção do nível de atividade da economia. Em novembro de 2011, esse grupo representava 51% dos donos de pequenos negócios paulistas. Outros 31% acreditam que haverá uma melhora na economia, 6% têm expectativa de piora e 7% não têm previsão de como serão os próximos seis meses.
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