Natal – Elaborar um bom plano de finanças não é tão simples, principalmente para quem não está acostumado com cálculos e operações matemáticas. No entanto, tudo pode começar com simples passos. O primeiro deles é ter controle total das despesas, anotando em uma planilha todas as despesas fixas, como aluguel, folha de pagamento, energia e água.
“É comum os empresários não saberem informações corretas sobre saldo do caixa, valor dos estoques das mercadorias, valor das contas a receber e das contas a pagar, volume das despesas fixas e financeiras. Isso ocorre porque não é feito o registro adequado das transações realizadas”, diz o consultor do Sebrae no Rio Grande do Norte Henderson César Oliveira.
O segundo passo está relacionado à diferenciação entre o que é receita e o que é lucro, lembrando que lucro é tudo o que sobra após pagar com o faturado todas as despesas explicitas e implícitas do negócio. O terceiro passo seria calcular o capital de giro, ou seja, aquela quantidade de dinheiro necessária para manter a empresa funcionando corretamente durante um determinado período (geralmente um mês), e o caixa mínimo, que, como o próprio nome indica, é o valor mínimo para cobrir as despesas diárias.
Feito isso, o empresário consegue visualizar se a empresa está no vermelho ou se está com uma boa lucratividade, podendo assim planejar as finanças a longo prazo. O ideal é que o planejamento seja feito para 36 meses, porém pode ser anual, podendo sofrer ajustes. Se as atividades proporcionaram uma lucratividade acima de 30%, a recomendação de especialistas é reinvestir no negócio, mas com uma reserva para aqueles gastos de fim de ano, como férias e 13º salário, e imprevistos. Por isso, é tão importante que o planejamento seja feito ainda no início do ano.
O capital da empresa, a sua receita à vista e a prazo, sua lucratividade, rentabilidade, suas despesas e custos são fontes relevantes para tomada de decisão. “A empresa toda deve ser levada em consideração, como também o mercado em que ela atua. Vale salientar que a visão interna e externa da empresa é necessária para um bom planejamento estratégico do empreendimento”, diz consultor.
Foram lições como essas que a engenheira civil Andréa Leal teve de aprender. De uma hora para outra, precisou abdicar dos conhecimentos da engenharia e voltar-se para a Administração. Em 2006, abriu uma loja de pisos e revestimentos no bairro do Tirol, em Natal, e passou a incluir na rotina de trabalho cálculos de tributos e contabilidade. “Até tinha um certo controle, mas não conseguia manter uma planilha adequada para a realidade da minha empresa”. Após anos de inexperiência, viu que era hora de passar por uma educação financeira. Procurou o Sebrae no estado e, no ano passado, contratou uma consultoria.
Planejar é preciso
“O planejamento me permitiu ter uma visão geral do meu negócio de forma simplificada, sabendo exatamente quantos dos meus recebíveis eram à vista, cartão de crédito e cheque”, diz a empresária, que passou a ter um controle diário das entradas e saídas, alimentando a planilha diariamente. “Esse planejamento mostra toda a minha movimentação, inclusive em longos períodos. Hoje, já posso prever quanto vou faturar em vendas a crédito e antever os recebíveis, o que me permite programa os débitos futuros”.
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